16 novembro 2006

Premonição

O presidente Lula reuniu-se hoje com a cúpula do PT para tratar exclusivamente do espaço que a legenda irá ocupar no seu segundo governo. Lula, entretanto, já declarou, logo após ter sido reeleito, que quer ver o PMDB integrando a sua base aliada e o auxiliando em Brasília. Hoje o partido tem três ministérios. Periga de elevar esse número. A afirmação do presidente criou ciúmes dentro do PT, apesar de o PMDB ter sido o partido que mais deputados elegeu na última eleição. A briga promete ser boa. A disputa para ver quem fica com o que faz lembrar um antigo membro do PT: o delegado de polícia aposentado e ex-deputado estadual pelo PT do RJ, Hélio Tavares Luz. Crítico por natureza, Luz foi bancário, teve uma participação ativa como dirigente sindical e comandou ainda a Polícia Civil do Rio, durante o governo Marcelo Alencar. Após eleger-se deputado estadual, ele se desfiliou da legenda por discordar da forma como o PT lidava, já naquela época, com as questões que considerava importantes para o país. É do ex-deputado, um frasista por natureza, a afirmação de que "Ipanema brilha à noite" ao se referir ao forte consumo de cocaína por parte da chamada elite. Hélio abandonou a política partidária, mas deve estar lamentando no que se transformou o partido do qual se desligou um dia por não ver luz no fim do túnel.

Sem mistério no Ministério Público

É fato. O ocupante do cargo de procurador-geral de Justiça a ser escolhido pelo governador eleito, Sérgio Cabral, é o procurador Marfan Martins Vieira, que será reconduzido ao cargo. Antes, porém, Marfan, que é o atual procurador-geral, terá que submeter novamente o seu nome a uma eleição interna no Ministério Público, marcada para o próximo dia 24. Mero protocolo. Os procuradores mais bem votados farão parte de uma lista tríplice que será entregue a Cabral, a quem caberá a escolha final. Marfan ocupará o cargo mais graduado do Ministério Público durante o biênio 2007/2008, quando uma nova eleição definirá o nome do seu sucessor.

Mundial de Vôlei: valeu meninas!

Não foi desta vez. A Seleção Brasileira de vôlei feminino perdeu, no Japão, nesta madrugada, a chance da conquista do título inédito de campeã do mundo. O Brasil perdeu para a Rússia por 3 sets a 2, com parciais de 15/25, 25/23, 25/18, 20/25 e 15/13, ficando com a medalha de prata. A equipe do técnico José Roberto Guimarães chegou à final invicta e apresentou durante a competição um voleibol da mais alta qualidade. O nervosismo, porém, acabou fazendo com que as brasileiras cedessem a vitória para russas. Menos mal. O time volta do Oriente de cabeça erguida. Sua trajetória ao longo de toda a competição demonstrou que se trata de um grupo forte, competitivo e que carrega consigo o calor humano típico do países dos trópicos, em contraponto a tradicional frieza siberiana.

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