19 março 2009

Baile das armas de guerra

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, deveria ter uma atitude de altruísmo e pedir para sair, a exemplo do que fez seu colega paulista, Ronaldo Marzagão, que pediu exoneração do cargo de secretário de Segurança de São Paulo após o escândalo que denunciou a venda de promoções de delegados no topo da pirâmide de poder da Polícia Civil paulista.

Beltrame, ao assistir às imagens de traficantes do Morro do Alemão presentes a um baile funk realizado na comunidade exibindo armas de guerra (fuzis FAl, AK-47 e AR-15, afirmou que necessitaria de "entre 700 e 800 homens para entrar na favela", a fim de combater os criminosos e desarmar o tráfico local.

Ora bolas! Não se arregimenta de uma hora para outra 700 homens adestrados para uma incursão arriscada dessa natureza. Em que pese os recentes concursos de admissão promovidos pela PM, não se forja um novo policial de uma hora para outra. O tempo de formação dos recrutas supera a seis meses.

O que fazer então? Simples como descascar uma banana. Do alto de sua autoridade e de posse de sua caneta, basta a Beltrame publicar uma resolução ou seja lá o termo que for, determinando o regresso aos quadros da corporação do verdadeiro "exército" de policiais que se encontram em desvio de função. Gente boa, "cascuda" não lhe faltará, garanto. Basta uma simples apuração do número de policiais - oficiais e praças - que se encontram à disposição dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.

Verá o secretário que o contingente de policiais que terá de uma hora para outra à sua disposição superará em muito aos 700 que ele estimou necessitar para acabar com o baile das armas de guerra.

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