17 janeiro 2009

Posse de Obama custará U$$ 5 milhões

O negócio é inimaginável na América Latina. Um presidente eleito vender os direitos exclusivos dos principais eventos da cerimônia de sua posse (terça-feira, dia 20) por US$ 5 milhões. Nos Estados Unidos, no entanto, é apenas mais um negócio, que embora lícito, tem provocado polêmica pela voracidade com que os legionários de Obama levantam fundos para a grande festa de transmissão de poder.

O comitê de posse de Obama fechou acordo com três grandes redes norte-americanas de TV para transmitir alguns dos eventos mais importantes da cerimônia de posse, segundo informações publicadas neste sábado pelo jornal The Washington Post.

Por US$ 2,5 milhões, a HBO adquiriu os direitos do megaconcerto deste domingo, no The Mall, de Washington, com a presença de Bono e seu U2, Bruce Springsteen, Beyoncé, entre outras estrelas. O sinal exclusivo estará disponível apenas para usuários que recebem o canal ou possuem recepção de TV digital.

Já a Walt Disney Co. pagou US$ 2 milhões para colocar no ar nos seus canais Disney e ABC dois eventos premium. A Disney transmitirá na próxima segunda-feira um concerto dedicado as crianças, com a presença das futuras primeira-dama Michelle Obama e vice Jill Biden. A rede ABC, por sua vez, vai exibir a disputada festa da posse da cidade, o primeiro dos 10 eventos oficiais programados para 20 de janeiro. Terá acesso quase exclusivo, pois apenas um seleto grupo de jornalistas que regularmente cobre o dia a dia da presidência poderá entrar no local. A emissora vai inserir blocos comerciais na transmissão, o que evidencia que vai obter lucro sobre o evento.

Finalmente, a MTV, do grupo Viacom, desembolsou US$ 650 mil para transmitir, também na terça-feira, a Festa da Juventude, com a presença do próprio Obama.

Outras redes de TV e a mídia em geral, alijadas do fino cardápio de festividades, utilizam o argumento do caráter público do evento para gritar contra a exclusividade. Claro, preferiam um pool de imagens para compartilhar por todos e para todos.

A venda de direitos para a posse não é um privilégio de Obama. Outro Democrata, Bill Clinton, também licenciou direitos para a HBO e CBS durante sua posse em 1993. A maioria dos presidentes, no entanto, descartou essa prática.

A festa inclusiva e aberta prometida por Obama não tem custo geral divulgado. A porta-voz do comitê de posse, Linda Douglass, informou que apenas de infra-estrutura para as transmissões dos quatro eventos vendidos com exclusividade para as redes de TV serão gastos US$ 10 milhões.

O comitê de posse de Obama já arrecadou US$ 35 milhões. Não foram aceitas doações diretas de empresas, comitês políticos, estrangeiros e lobistas oficiais. Doações individuais foram limitadas em US$ 50 mil.
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*Antonio Prada - Portal Terra

Censura

O autor da novela “A Favorita”, que terminou ontem (16), ficou fulo ao constatar que o final da trama que concebera fora publicado pelo jornal O Dia. João Emanuel Carneiro, que sem dúvida merece os aplausos pelo sucesso da trama, foi extremamente infeliz ao declarar em entrevista ao próprio diário carioca, que jamais concederia entrevista ao jornal e que recomendaria a TV Globo a suspender qualquer tipo de relação com a empresa com sede na Rua do Riachuelo, no Centro. Carneiro foi mais além: informou que a emissora instalou uma espécie de CPI para apurar quem foi o responsável pelo vazamento da informação. Disse que se identificado, o funcionário seria demitido.

O Dia , em sua coluna Telenotícia, antecipou o destino da vilã da novela – a personagem Flora, interpretada pela atriz Patrícia Pilar. Flora, após passar quase oito meses promovendo toda sorte de maldades, acabou baleada pela própria filha Lara (Mariana Ximenez) na casa da família Fontini, no Guarujá – litoral paulista -, e acaba voltando para a prisão.

Os jornalistas e artistas em geral, cineastas, escritores, atores e dramaturgos foram as grandes vítimas durante a ditadura, os chamados “anos de chumbo”. Justamente por isso, esperava-se do autor da novela uma postura diferente, uma atitude de grandeza ante o “furo” dado pelo O Dia. Mas não, Carneiro preferiu amaldiçoar o jornal.

Lamentável.

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