29 agosto 2025
Os objetivos imediatos de Lula
Lula tem alguns propósitos bem delineados antes de se lançar oficialmente à campanha da reeleição, no ano que vem: o primeiro deles, massificar o discurso de que a soberania nacional é algo inegociável, numa clara alusão às sanções e ao tarifaço às exportações brasileiras impostos por Donald Trump e estimulados pelos Bolsonaro; convencer o senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG) a se lançar candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, como uma forma de frear a direita no segundo maior colégio eleitoral do pais e, por fim, dissuadir o deputado Hugo Motta (Republicanos/PB), presidente da Câmara, da resistência em iniciar o processo de cassação do deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL/SP).
“É necessário porque ele é o maior traidor da história desse país”, costuma repetir Lula, ao se referir às gestões feitas pelo parlamentar junto ao governo Trump para que as sanções se convertam em moeda de troca ante uma improvável concessão de anistia a seu pai, o ex-presidente, Jair Bolsonaro.
O deputado está licenciado e se encontra nos Estados Unidos desde fevereiro, comprometido em liderar um movimento junto à Casa Branca para sancionar autoridades brasileiras que ele avalia serem contrárias a qualquer movimento que mire anistiar o ex-presidente. Bolsonaro começa a ser julgado na semana que vem, na ação penal na qual é apontado como líder de uma trama que visava dar um golpe de Estado para se manter no poder.
Agosto está se encerrando e pode ser considerado um mês positivo para o governo. Embora contabilize derrotas no Congresso, especialmente na disputa política pela liderança da CPMI do INSS, o Planalto conseguiu reaver parte dos níveis de popularidade, segundo apontam as mais recentes pesquisas de intenção de voto.
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