03 novembro 2008

Itaú e Unibanco: eles têm a força

Você entrou no cheque especial e por isso está com os cabelos em pé, com medo dos juros cobrados pelo banco? Recorreu ao cartão de crédito para fazer as compras no mercado porque o salário deste mês não deu para pagar as contas? Pois bem, seus problemas acabaram: o Banco Itaú e o Unibanco anunciaram nesta segunda-feira (03/11) que irão fundir suas operações financeiras, consolidando aquilo que será o maior banco privado do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul, segundo a definição dos próprios executivos envolvidos na transação.

"Os controladores da Itaúsa e da Unibanco Holdings comunicam ao mercado que assinaram nesta data contrato de associação visando à unificação das operações financeiras do Itaú e do Unibanco de modo a formar o maior conglomerado financeiro privado do Hemisfério Sul, cujo valor de mercado fará com que ele fique situado entre os 20 maiores do mundo. Trata-se de uma instituição financeira com a capacidade de competir no cenário internacional com os grandes bancos mundiais", informaram os executivos das duas instituições financeiras ao mercado.

Segundo os bancos, o total de ativos combinado é de mais de R$ 575 bilhões - contra R$ 403,5 bilhões do Banco do Brasil, e R$ 348,4 bilhões do Bradesco, de acordo com dados de junho do Banco Central.

Em comunicado, as duas instituições financeiras informaram que a fusão é resultado de 15 meses de negociação e de "uma forte identidade de valores e visão convergente de futuro".

O governo espera que os dois bancos aumentem a oferta de crédito. Ótima notícia para nós, assalariados. Não deixa de ser tranquilizante saber que quando decidir recorrer ao banco para pedir dinheiro emprestado, o gerente não irá mais fazer aquelas exigências absurdas para liberar o empréstimo.

Bateu na trave.

No país do futebol, o último domingo conseguiu dividir corações e mentes dos brasileiros, que reservaram o início da tarde para acompanhar o Grande Prêmio Brasil de F-1. Felipe Massa, da Ferrari, fez uma corrida exemplar. Conquistou na véspera a pole position, se manteve na liderança boa parte da corida, mas perdeu ao final, restando 500 m para a bandeirada, para o inglês precoce Lewis hamilton, da McLaren. A vitória do britânico e o consequente vice-campeonato do piloto brasileiro contrariaram um sentimento reinante no país de que vice e último colocado são a mesma coisa.

Massa fez uma corrida cerebral. Teve de tudo durante as 71 voltas do circuito de Interlagos: chuva, sol, pista molhada, troca de pneus. Afora a disputa renhida entre Massa e Hamilton, deu gosto de ver, mesmo para os leigos em automibilismo, a ousadia e técnica exibidas mais uma vez pelo piloto alemão Sebastian Vettel, da Toro Rosso, que corre como gente grande, pisa fundo e não tem medo de cara feia. Só não fez mais bonito porque o seu carro andou no limite, bem distante das Ferraris e da Mclaren de Hamilton.

Mas Valeu Felipe! No dia em que o país celebrou a lembrança aos mortos, o piloto ferrarista ressuscitou a emoção e o orgulho de ser brasileiro. Me vi de novo, como nos tempos em que Ayrton Senna guiava a McLaren, colado diante da TV, roenho as unhas e torcendo pela "baratinha" vermelha conduzida por Massa.

Ano que vem tem mais. E Felipe, certamente, estará mais maduro, com o moral elevado junto aos dirigentes da escuderia de Maranello, assim como o mais novo campeão do circo da F-1, Lewis Hamilton e o alemão voador, que defenderá em 2009 as cores da Red Bull.

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