Jurado de morte por facção, delegado morto em SP foi abandonado pelo Estado

O delegado fuzilado em Praia Grande na segunda-feira (15), no litoral paulista, estava sem escolta, num carro sem blindagem. Sozinho e vunerável, Ruy Ferraz Fontes foi abandonado à própria sorte, jogado aos lobos pelo Estado que serviu por quatro décadas. Ao seu velório não faltam colegas, que lotam a Assembleia Legislativa de São Paulo. Demonstração do quanto o policial era respeitado na instiuição e querido pelos colegas. A recompensa do Estado por sua dedicação ao trabalho foi o abandono. O delegado foi o responsável pelas primeiras investigações da Polícia Civil paulsta que resultaram nas condenações da então cúpula do PCC, no início dos anos 2000. Seria justo e razoável que o poder público lhe assegurasse a proteção que lhe faltou no dia da sua execução a tiros de fuzil. Em agosto, durante a gravação de um podcast organizado pelo O Globo e pela Rádio CBN - em fase de final de produção - Ruy Fontes se queixou que estava sozinho, sem segurança, abandonado pelo Estado. - Eu tenho proteção de quem? Eu moro sozinho, eu vivo sozinho na Praia Grande, que é no meio deles (dos bandidos). Pra mim é muito difícil. Se eu fosse um policial da ativa, eu tava pouco me importando, teria estrutura para me defender, hoje não tenho estrutura nenhuma — protestou. Ruy Fontes foi pioneiro revelar a estrutura hierárquica da facção pouco tempo depois do seu surgimento nos presídios paulistas. O delegado presidiu os inquéritos que resultaram nas primeiras condenações de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da organização criminosa. A equipe liderada por Fontes indiciou algumas das principais lideranças do PCC no início dos anos 2000 por formação de quadrilha. Sua dedicação ao trabalho rendeu-lhe uma cruz na testa ao ser elevado à condição de inimigo número 1 da facçã por sua cruzada contra o grupo criminoso.

A Venezuela é aqui

No dia que Bolsonaro foi condenado por tentar contra a democracia, o dólar registrou o maior recuo dos últimos 15 meses (R$ 5,65), enquanto o Ibovespa bateu recorde. Hoje, o IBGE divulgoiu a queda da taxa de desemprego (5,6%), o maior recuo no trimestre (maio, junho e julho). Estamos em Caracas 😜😂