O conjunto de medidas que o governo vem adotando para liberar os saques do FGTS e do seguro-desemprego em favor das vítimas das enchentes em Santa Catarina se torna imperioso neste momento de solidariedade e de superação. Muitas famílias, além dos prejuízos causados pela enxurrada que castigou o estado durante todo o mês passado, ainda tiveram que enfrentar os problemas decorrentes da falta de dinheiro, por conta da perda do emprego e da paralisação das atividades comerciais em boa parte do estado.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já autorizou a elevação do número de saques do seguro-desemprego feitos por quem perdeu tudo. Lupi advoga que o trabalhador atingido pelas chuvas possa sacar o benefício em até sete parcelas, ao invés de cinco permitidas hoje em dia.
As propostas para atenuar a dor e sofrimento dos catarinenses não páram por aí. Não param de chegar de todo o país os donativos destinados às famílias atingidas, numa rede de solidariedade impressionante e digna dos maiores elogios.
O governo só não pode, sob pena de prestar assistência imediata aos desabrigados, relaxar nos mecanismos de controle sobre os beneficiários dos créditos colocados à disposição de quem perdeu sua casa, seu trabalho, sua fonte de subsistência. A vigilância sobre quem de fato tem direito a receber o seguro-desemprego e as parcelas do FGTS tem de ser redobrada.
Não é raro em casos de comoção social surgirem espertalhões, oportunistas, que se valem do imediatismo que o momento exige, para burlar e lei e, assim, receber o auxílio no lugar daqueles que de fato necessitam de ajuda neste momento.
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