
A mexida na cúpula da Polícia Civil foi um avanço. Allan Turnowski agrega em torno de si uma experiência operacional e respeitabilidade por parte dos colegas que Gilberto Ribeiro não conseguiu amealhar nos mais de dois anos que permaneceu à frente do cargo.
Os dois têm em comum o fato de se oporem à socializaçào dos dados de inteligência produzidos pela instituição, conforme é o desejo do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, homem que tem nos serviços de inteligência a sua base. Beltrame é delegado federal e comandou por muito tempo a chamada "Operação Suporte" no Rio.
Também é verdade que Allan carece de trânsito político, mas tem a favor de si o fato de ser um profundo conhecedor dos morros e favelas do Rio. Sabe como poucos quem é quem dentro do sistema penitenciário e, justamente por isso, credencia sua curta administração à frente da polícia.
Caberá ao novo gestor da instituição escolher as pessoas certas, determinar as ações oportunas e agir com mãos de ferro no que se refere aos eventuais desvios de conduta de seus subordinados.
Portanto, é alvissareira a notícia de que a polícia do Rio tem um novo comandante.
Se o seu desempenho no 12 andar do prédio da Polícia Civil for semelhante à sua atuação dentro das quadras de futsal, esporte que pratica semanalmente, a população do Rio já pode se considerar vitoriosa.
* Foto extraída do site do jornal O Dia.