05 dezembro 2006
Reforma política já
A notícia estourou como uma bomba: a posse do presidente Lula pode ser adiada por conta de atrasos na análise das contas de campanha pelos técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ledo engano aqueles que imaginam que isso só ocorre com este ou aquele partido. A reforma política se faz necessária exatamente por conta das discrepâncias que os tempos de hoje impõem às legendas, que mal conseguem justificar seus gastos de campanha, atoladas em números e relatórios. O que o PT experimenta agora já ocorreu outrora com o PMDB, o PFL e o PSDB mais recentemente, durante a campanha de Geraldo Alckmin ao Planalto. O Congresso tem que se mobilizar na próxima legislatura para votar as reformas necessárias. Não somente a política, mas a da Previdência e a fiscal. Governabilidade exige uma comunhão de esforços de todos os poderes. O Legislativo não está isento de responsabilidade, ao contrário. As diferenças partidárias e picuinhas de campanha têm de ser suprimidas em favor do povo e do desenvolvimento do País.
Mico em noite de homenagem
A iniciativa da CBF em realizar, pelo terceiro ano consecutivo, uma festa para premiar os melhores do futebol brasileiro é elogiável. Como também é digno de aplausos o gesto de homenagear os craques do passado, como Nílton Santos e Djalma Santos. A premiação realizada na noite desta segunda-feira, no Teatro Municipal, no Rio, reuniu craques de ontem e de hoje, treinadores e árbitros. A festa foi realizada com pompa e circunstância e premiou os atletas que se destacaram durante o Campeonato Brasileiro. Tudo muito bonito, muito justo, mas a homenagem, realizada num ambiente que mais parecia a entrega do Oscar - os jogadores abandonaram os habituais jeans, tênis de marca e bonés em favor da sobriedade do terno e gravata - , poderia ter passado sem o constrangimento a que foi submetido o goleiro/artilheiro, do São Paulo, Rogerio Ceni. A noite contou a com a apresentação de artistas do Cirque du Soleil, a companhia de circo canadense, que está em turnê pela América Latina. Eis que Ceni, após ser recrutado na platéia, subiu ao palco, constrangido, para participar da performance interminável, comandada por uma espécie de palhaço da trupe canadense. O quadro enfadonho demorou, sem exagero, cerca de dez minutos, tempo suficiente para arrancar bocejos da platéia e dos telespectadores em casa, que assistiam à festa pela TV, ao vivo. Com a habilidade de quem cobra uma falta com precisão, o goleiro campeão contracenou pacientemente. Entretanto, ficou evidente que a interatividade com a platéia não é o forte da companhia canadense. Quem não se lembra do mal estar causado, quando da apresentação do Cirque du Soleil num shopping, na Barra da Tijuca. Na ocasião, a apresentadora Angélica fora selecionada entre os Vips na platéia e jogada para o alto, deixando à mostra sua calcinha por estar usando um vestido. O episódio gerou protestos da loura, que ficou indignada com justíssima razão.
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