03 março 2010

Quanto vale a vida humana?

Qual o valor da vida humana? Qualquer um com o mínimo de consciência se apressaria em responder que a vida humana não tem preço. Infelizmente, para algumas pessoas a vida humana não passa de um mísero centavo, ou melhor, ela simplesmente não tem valor algum. Somente assim para explicar, com o mínimo de racionalidade, os dois episódios ocorridos esta semana no Rio, que servem como ícones do desprezo e da indiferença pela vida humana. O primeiro caso envolveu um cozinheiro, morto a tiros por um outro passageiro inconformado com o fato de o cozinheiro ter se recusado a fechar a janela do ônibus que o levaria até o trabalho.

O segundo episódio, por ironia do destino, se deu no bairro batizado como "Cidade de Deus", uma região pobre encravada entre Jacarepaguá e a emergente Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Inconformados com a prisão de um comparsa, traficantes atearam fogo a um ônibus, ignorando a presença de cerca de 20 passageiros, a maioria trabalhadores e estudantes que retornavam para suas casas. A insanidade de um grupelho resultou em ferimentos em 13 pessoas, cinco delas internadas com queimaduras graves pelo corpo.

A vida humana para essas pesssoas, responsáveis diretas por infligir dor e sofrimento a tercerios, não tem significado algum. Difícil é entender por que isso acontece em pleno século 21 para tentar explicar de forma a minimizar a dor das famílias das vítimas.

Débito em conta e a pagar

O Tribunal Superior Eleitoral liberou as doações de campanha com o uso de cartões de crédito e débito em busca da transparência. O cidadão comum, aquele que se identifica com este ou aquele candidato, poderá, dentro do que permite a sua realidade financeira, contribuir, se assim desejar, com a campanha do seu candidato preferencial. Tudo muito democrático, às claras!

Ocorre que num país onde as cifras milionárias que envolvem as doações circulam pelas vielas e becos obscuros, distante dos olhos da sociedade, esse avanço disponibilizado pelo tribunal pouco contribui para frear a relação de promiscuidade envolvendo doadores, partidos e candidatos.

Outra devassa, por favor!

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0303201003.htm

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