A destacar na prisão silenciosa do miliciano Batman, realizada pela Polícia Civil, foi a inauguração de uma nova fórmula de divulgar açõoes bem sucedidas da instituição. Ao invés de atribuir a prisão a este ou aquele policial, a esta ou àquela delegacia, a prisão foi creditada a um grupo (Missão Suporte) recém concebido pelo novo chefe da Polícia, delegado Allan Turnowski.
Sou de um tempo em que o repórter de polícia que fui gastava rios de carga de caneta relacionando os nomes de todos os agentes que participavam de uma prisão importante ou de uma apreensão de drogas ou armas expressiva. E os editores dos jornais não se recusavam a publicar a lista - que mais parecia uma relação de candidiatos aprovados em época de vestibular -, por entender que a medida valorizava o "tira", levando-o a estabelecer, por gratidão e vaidade, uma relação de confiança, de fidelização com o jornalista, que se beneficiava, após fazer de cada um dos policiais listados sua fonte de informação.
Decisão acertada. A prisão de Batman, sem que fosse disparado um único tiro, representa uma vitória, uma conquista da polícia, do Estado e, em última análise, de toda a sociedade.
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