15 setembro 2025
Crime organizado desafia Tarcísio em SP e vira munição para os seus adversários
A execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, nesta segunda feira (15), não deverá ser tratada com indiferença pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Freitas é cotado para ser o representante da direita na corrida presidencial, no ano que vem, e tem se alinhado aos apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
No feriado de 7 de setembro, o governador decidiu elevar o tom das críticas ao STF, em especial ao ministro, Alexandre de Moraes, relator da ação penal que julga os réus da trama golpista.
No início do ano passado, Tarcísio de Freitas demonstrou total indiferença por ocasião das críticas à "Operação Verão" desencadeada pela PM paulista em reação ao assassinato de um policial da ROTA pelo tráfico de drogas, na Baixada Santista. Ao ser indagado, à época, sobre a ação policial, o governador fez o seguinte comentário: "tô nem aí", declarou ele em resposta às denúncias de que a operação policial foi marcada por execuções sumárias, torturas e prisões ilegais.
O governador do Republicanos deveria viajar a Brasília nesta segunda-feira (15), para dar continuidade ao seu esforço em ver aprovada pelo Congresso a Lei da Anistia aos envolvidos na invasão dos prédios públicos, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.
O delegado Ruy Ferraz Fontes exercia atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, e entre 2019 e 2022 exerceu o cargo de Delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Fontes comandou ainda o Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital) e é apontado como o primeiro delegado a investigar o PCC, no inicio dos anos 2000.
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