21 novembro 2008

'NYT' reimprime edição que manchetava a vitória de Obama


Quem não conseguiu comprar a histórica edição do jornal The New York Times com a vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais americanas terá mais uma chance. Por meio do site do diário, os leitores podem agora encomendar um exemplar de uma reimpressão da edição de 5 de novembro pelo preço de US$ 14,95.

Esta quarta-feira, dia seguinte às eleições, foi um ótimo dia para os editores de jornais. As edições com a foto do candidato democrata na capa se esgotaram rapidamente nas bancas dos Estados Unidos, e os principais jornais tiveram dificuldades para atender à demanda.

"Esse tipo de demanda pelos nossos jornais não se parece com nada que tenha acontecido na história recente", disse Randy Michaels, chefe operacional do Tribune Co. "Esta é uma demonstração clara de que as pessoas continuam recorrendo ao seu jornal local para ajudá-las a entender e interpretar as notícias do dia-a-dia - e isso é especialmente verdade quando se trata de grandes acontecimentos", completou.

O New York Times e o Washington Post tiveram de lançar edições comemorativas sobre a vitória de Obama, pois não havia mais jornais de quarta-feira para vender a quem tentava encomendá-los. Os jornais de San Francisco, Denver e Chicago também se esgotaram e lançaram edições especiais. Milhares de cópias extras foram impressas em Baltimore, Hartford, Connecticut e Orlando, na Flórida.

O Los Angeles Times, cuja manchete foi "É Obama", decidiu manter a gráfica funcionando continuamente, a fim de atender a todas as pessoas que compareceram em sua redação para comprar a edição. Foram impressas pelo menos mais 100 mil cópias. Ainda assim, uma delas foi posta à venda no site de vendas eBay por US$ 40. Um vendedor bastante otimista chegou a pedir US$ 2 mil por uma edição do Charlotte Observer, diário da cidade Charlotte, na Carolina do Norte.

Fonte: Agência Estado

Crise no ninho do urubu

De nada valeram os cinco gols marcados contra o Palmeiras durante a vitória com autoridade sobre o Verdão no último domingo. O Flamengo, após um suspiro de recuperação no Campeonato Brasileiro, visando a difícil mas não impossível conquista do hexa, acaba de mergulhar numa crise interna, que tem no goleiro Bruno o seu pivô. O goleiro acabou multado pela direção do rubro-negro por ter se recusado, esta semana, a almoçar e a jantar com o grupo no hotel na Barra da Tijuca, onde a equipe está concentrada para a partida do próximo domingo, no Mineirão, contra o Cruzeiro.

O Jornal carioca Extra revelou o ato de insubordinação do goleiro que, contrariado com o que chamou de "deduragem", acabou revelando à opinião pública a existência de uma crise interna no elenco que, de acordo com Bruno, está profundamente descontente com os métodos de trabalho, bem como a programação traçada pela comissão técnica comandada pelo técnico Caio Junior.

Se a imensa torcida rubro-negra estava eufórica com a possibilidade de o time subir na tabela e encostar no líder São Paulo, a divulgação da crise arrefeceu os ânimos.

Resta saber se o profissionalismo, que é marca característica do São Paulo em sua trajetória vitoriosa, estará de volta à Gávea, a fim de fazer o time se manter no caminho das vitórias ou se o fará se distanciar do sonho do hexa.

Guerra subterrânea

Policiais federais, em conflito com a chefia e em aliança subterrânea com espiões do governo, armam uma rede para apanhar um banqueiro suspeito. A cúpula policial revida, expurga desafetos e consegue um mandado para invadir escritórios da agência de espionagem, onde apreende documentos e bancos de dados.
A trama, um aglutinado de lugares-comuns dos suspenses de espionagem, foi 100% rodada no Brasil e não tem nada de fictícia. Foi produzida pela acefalia que dá livre curso à batalha grupal em que estão engolfadas a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência.
O sigilo de "dados de inteligência necessários à defesa do Estado", compilados por arapongas da Abin, ficou vulnerável, argumenta o advogado-geral da União -e adiciona ao rocambole o toque de ameaça à segurança nacional que não pode faltar nesse tipo de enredo.
A batida dos policiais na agência também "desmoraliza" a Abin em sua relação com "países de vital interesse estratégico para o Estado brasileiro", reclamou um indignado general Jorge Felix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, em carta ao ministro da Justiça, Tarso Genro, revelada por esta Folha. Afinal, que governo gostaria de trocar informações de inteligência com Brasília se esses dados estão sujeitos à devassa policial?
De fato, é inaceitável que a Abin seja alvo de intrusões da Polícia Federal. Mesmo no caso de uma nação de tradição pacífica como o Brasil, é preciso sustentar um serviço de inteligência e contra-espionagem -para questões de natureza econômica e ambiental por exemplo- de caráter reservado, embora sujeito a prestações de contas a comitês parlamentares.
Mas as distorções suscitadas por esse caso são generalizadas. Antes de ter escritórios invadidos, o descontrole da Abin permitiu que 60 de seus agentes, lotados na sede e noutros 11 birôs regionais, participassem de uma investigação da Polícia Federal, a chamada operação Satiagraha. Como se não bastasse tamanho abuso -agentes da Abin não podem exercer função policial-, ainda pesa sobre servidores ligados seja à Abin seja à PF a suspeita de terem realizado escutas telefônicas ilegais.
A guerra de grupos ganhou vida própria a partir das entranhas de duas poderosas instituições federais. Os ministros que ocuparam a pasta da Justiça na gestão Lula nada fizeram para interromper a balcanização da Polícia Federal. Já passa da hora de o presidente da República restabelecer a autoridade do governo sobre as duas repartições.


*Editorial publicado hoje (21) na Folha de S.Paulo

Sofá da sala trocado


A Polícia Militar do Rio anunciou a exoneração do comandante do Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (Gpae) do Morro do Cantagalo - Zona Sul do Rio -, major Ubiratan Saraiva de Carvalho. Coincidentemente, o anúncio da mudança ocorre dias após o jornal O Globo publicar denúncia de que o grupamento, em dez meses, não efetuara mais do que duas apreensões de armas e drogas na comunidade.

Historicamente, os postos avançados da PM no Rio, sobretudo aqueles localizados em comunidades carentes, sempre funcionaram meio que simbolicamente, mais como uma referência do Estado do que um local onde o cidadão podia recorrer durante alguma emergência. Distantes dos quartéis, as unidades ficam longe das decisões do comando, fazendo com que os policiais fiquem abandonados a própria sorte.

Evidente que um número tão baixo de apreensões no Cantagalo denota que a presença ali dos policiais era mais protocolar do que para reprimir o tráfico local. Tanto é verdade que somente duas apreensões foram realizadas em quase um ano. E não é sensato imaginar que poderia ser diferente. O que poderiam fazer uns poucos policiais contra um exército de jovens, a maioria drogada, armados até os dentes?

E o que fez o comando da PM? Substituiu o major responsável pelo grupamento por outro oficial, de mesma patente.

O resultado da mudança? Certamente não será muito diferente.

A PM na verdade, ao ser instada a justificar o pífio desempenho de sua unidade, resolveu trocar o sofá da sala.

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