13 abril 2009

À deriva

O governador Sergio Cabral negou aumento do preço das tarifas das barcas que fazem a travessia Rio-Niterói. Sábia decisão. O aumento, aliado ao empréstimo governamental de R$ 8 milhões à cocessionária Barcas S/A, geraria um mar de protestos. Cabral sustenta que no momento, o estado deve priorizar a melhoria da qualidade do serviço prestado à população pela concessionária.

A Barcas S/A não está e jamais esteve na pindaíba como querem fazer crer seus executivos, para justificar o péssimo serviço que prestam. Tanto é verdade, que seus acionistas têm participação direta em negócios diversos, que vão de serviços gerais, passa por firmas de segurança patrimonial e desemboca no fornecimento de insumos para as secretarias de saúde do estado e dos municípios.

E sei perfeitamente o que estou dizendo. Os contratos firmados em cartórios, via de regra, se limitam a exibir como sócio-proprietários, os nomes de devotos funcionários de carreira, que a bem da verdade, representam terceiros que sequer figuram nos documentos.

A proximidade das eleições, em outubro de 2010, favoreceu os usuários das barcas. Cabral não quer entrar para a história como o governador que, abatido pelas milícias, ficou ainda à deriva por causa da precariedade do sistema de transporte público fluminense.

E eu nem vou falar aqui do Metrô, outra vergonha estadual. Deixarei para comentar num post futuro.

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