O Natal dos familiares do jovem Paulo Marcos da Silva Leão, de 26 anos, e de seu amigo, identificado apenas como Rafael, que seria cabo do Exército, definitivamente está arruinado. Os dois foram mortos em Brás de Pina, Zona Norte do Rio, no início da noite desta terça-feira (23), em meio a uma ação malsucedida protagonizada por policiais civis da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae). Os jovens estavam ouvindo música, no lado de fora do Palio KMO-6480, quando foram abordados por três homens armados, dando início a um seqüestro-relâmpago. Avisados, os policiais iniciaram a perseguição, com um desfecho trágico, e que resultou na morte dos cinco opcupantes do veículo - os dois jovens e os três marginais.
O delegado que comandou a ação informou que os bandidos seriam membros do tráfico instalado na favela Furquim Mendes, no Jardim América, e que os jovens foram atingidos ao tentarem fugir, deixando o carro pela porta traseira em meio ao tiroteio que se sucedeu.
Justificativas à parte, esta não é a primeira vez que pessoas inocentes são mortas em meio a uma perseguição policial. A frustrada ação dos agentes da lei certamente deverá ser alvo de "um rigoroso inquérito". Nada que devolva a vida dos rapazes e estabeleça, definitivamente, na polícia um protocolo de ação em situações similares, capaz de evitar que futuramente pessoas inocentes sejam mortas por quem, por dever de oficio, deveria protegê-las.
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