Insulsa esta temporada de Madonna, de volta ao Brasil 15 anos depois e algumas rugas a mais. O tempo não é capaz de apagar da memória as polêmicas que as apresentações da pop star americana despertavam principalmente com a Igreja católica. A cantora, que está com 50 anos, não dispensava um candelabro ou um crucifixo em suas performances.
Embora não precisasse, Madonna parecia gostar de estar no centro do furacão. Passada mais de uma década, tudo mudou. A "material girl" está mais centrada, voltada para os filhos e para a Cabala. Digno de registro o preciosismo da diva da música pop. Mesmo estando na estrada há meses com sua turnê e sob uma chuva insistente, Madonna chegou cedo ao Maracanã para fazer um último ensaio antes do show, surpreendendo o público que àquela hora disputava um lugar nas imensas filas no lado de fora do estádio.
Com um pouco de sorte, os fãs brasileiros que forem assistir às suas apresentações hoje à noite no Rio e a partir de quinta-feira em São Paulo, poderão ver e ouvir um pouco mais do que um "bunda suja".
14 dezembro 2008
Protesto
O Iraque é um país destruído por guerras, marcado por batalhas sangrentas e atentados a bomba responsáveis por um número incontável de vítimas. É prosaico assistir à cena em que o presidente George Bush, 62 anos, em meio a uma coletiva de imprensa em Bagdá, demonstra reflexo, desviando com rara habilidade de dois sapatos arremessados em sua direção por um jornalista iraquiano indignado com sua presença no país. No mundo árabe, arremessar sapatos na direção de uma pessoa é o pior insulto que se pode infligir a alguém. Num território onde o som das armas insiste em sufocar qualquer tentativa de paz, o discurso de despedida do presidente americano, a pouco mais de um mês de deixar a Casa Branca, consegue, ao mesmo tempo, despertar a indignação a americanos e iraquianos.
Memória
"Nós somos um país sem memória e despolitizado. Se a política fizesse parte do cotidiano, isso não aconteceria. É um duplo problema. Isso permite que quem colaborou com a ditadura possa se travestir de democrata".
MARCO ANTÔNIO VILLA
professor de história na Universidade Federal de São Carlos, sobre a pesquisa do Datafolha, que apontou que 82% dos brasileiros a partir dos 16 anos dizem não saber o que foi o Ato Institucional nº 5.
MARCO ANTÔNIO VILLA
professor de história na Universidade Federal de São Carlos, sobre a pesquisa do Datafolha, que apontou que 82% dos brasileiros a partir dos 16 anos dizem não saber o que foi o Ato Institucional nº 5.
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