26 agosto 2025
Dividir para somar
A goleada estrondosa aplicada pelo Flamengo, ontem, contra o Vitória, no Maracanã, é o sinal mais visível de que é preciso repactuar a divisão da receita dos clubes obtida com a venda dos direitos de transmissão dos jogos para as emissoras de canal aberto e fechado e por streaming. A Premier League inglesa faz isso há muito tempo, visando a mitigar os efeitos da desigualdade financeira entre os clubes participantes da liga, considerada uma das mais prósperas e atrativas do planeta. Medida busca estimular a competitividade entre as agremiações. A CBF, além de se debruçar sobre a tarefa de promover um arranjo no calendário, de forma a torná-lo menos agressivo para a forma física dos atletas, deveria chamar para si o protagonismo, assumindo o papel de mediadora nas negociações envolvendo os clubes e as emissoras de tv. Ignorar esta necessidade é desprezar o bom senso.
Prendam-me pelo amor de Deus
Começa a ganhar forma a especulação de que o pastor Silas Malafaia, um dos mais próximos e influentes apoiadores do ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro, deseja a própria prisão com o intuito de se martirizar , e assim dar visibilidade à agenda da direita de que a democracia brasileira está sob ataque e a de que Bolsonaro é um injustiçado. O líder religioso, avaliam pessoas que o conhecem, afirmam que Malafaia busca a sua martirização, para manter a sua posição de liderança entre o eleitorado evangélico.
O estrondoso pastor faz dos ataques recorrentes ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, o pilar da estratégia montada para desqualificar as ações do ministro relator da ação penal que julgará a trama golpista. “Ditador”, “cerceador da liberdade de expressão” são alguns dos adjetivos usados reiteradas vezes pelo líder evangélico ao se referir ao ministro da Suprema Corte.
Na semana passada, Malafaia ficou exposto ao ter uma das suas conversas com Bolsonaro, por aplicativo de mensagem, interceptadas pela Polícia Federal. O telefone usado pelo ex-presidente foi apreendido após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que o acusa de, juntamente com seu filho, Eduardo Bolsonaro, de tentativa de obstrução de justiça.
Durante o diálogo com Bolsonaro, o pastor, aos berros, chamou Eduardo Bolsonaro (PL/SP), de “babaca”, ao fazer critica aos seus discursos mais recentes.
O parlamentar se encontra nos Estados Unidos desde o início do ano, e vem mantendo contatos com autoridades da Casa Branca, para pressionar o governo de Donald Trump, para que intensifique as sanções direcionadas aos ministros membros do STF e do governo Lula. Eduardo Bolsonaro justifica suas gestões junto ao governo estadunidense sob a justificativa de que seu pai sofre perseguição política e que a democracia no Brasil, segundo sua avaliação, corte risco sob o governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
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