30 dezembro 2006
RÉVEILLON DO MEDO
Tão angustiante quanto os ataques perpetrados nesta virada de ano por bandidos no Rio são os boatos que se espalham referentes a ações planejadas pelos criminosos para estes dias. A população está com medo. As ruas do Rio, sempre agitadas e festivas com a proximidade do novo ano, transformaram-se, ficaram vazias, com o vai e vém de pedestres e carros bem menor do que o normal. A população do Rio de Janeiro, conhecida por sua alegria e descontração, não merece passar por isso. Na manhã deste sábado, penúltimo dia do ano, homens armados invadiram a delegacia de Seropédica e roubaram todo o armamento da repartição policial. Foram levados uma pistola, quatro fuzis e quatro metralhadoras. O único policial civil de plantão foi rendido pelos criminosos, mas não saiu ferido. Definitivamente, esse réveillon entrará para a história como o réveillon do medo. Com ruas desertas, unidades policiais atacadas e ônibus incendiados. No bom carioquês, essa onda de violência se resume a uma única palavra: esculacho.
Saddam Hussein é executado em Bagdá

Depois da morte natural do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, o mundo celebra, na virada do ano, a morte de outro ditador, não menos tirano: o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein foi enforcado na madrugada deste sábado (30) em Bagdá. Um vídeo fora gravado para servir como prova. O ex-ditador do Iraque foi deposto em abril de 2003, após uma invasão do país comandada pelos Estados Unidos. Saddam Hussein foi condenado em novembro por crimes contra a humanidade. Saddam Hussein fora condenado à forca pelas mortes de 148 xiitas de Dujail, após uma frustrada tentativa de assassiná-lo em 1982. Uma corte de apelação manteve a pena de morte na terça-feira e o governo do Iraque correu com os procedimentos para enforcar o ex-ditador até o fim do ano e antes do feriado de Eid al-Adha, que começa no sábado, dia 6, coincidindo com a peregrinação do haj a Meca. A TV Arabiya noticiou que o meio-irmão de Saddam, Barza al-Tikriti, e o ex-juiz Awad al-Bander, também foram enforcados. O governo de Bagdá manteve em segredo os detalhes da execução do ex-ditador iraquiano, preocupado com uma eventual onda de violência promovida por seus seguidores.
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