A partir de hoje, a Casa Branca, símbolo do poder americano, troca de inquilino. Por pelo menos quatros anos. Tempo suficiente para que o mundo confirme ou não as expectativas geradas em torno da posse de Barack Obama. O novo homem mais poderoso do planeta assume o cargo em meio a uma crise financeira mundial sem precedentes nascida no seu quintal e cujos desdobramentos ao redor do mundo ainda são incertos.
Faz muito tempo que a sociedade americana não via o emprego, a produção do maior parque industrial do mundo e a sua renda tão débeis.
A crise econômica interna nos Estados Unidos ameaça a estabilidade política que Obama necessita para levar adiante as ideias forjadas para reerguer seu país. O destino se encarregou de cruzar os caminhos de Obama com os do ex-presidente Franklin D. Roosevelt, que entrou para a história como o responsável pela recuperação do país ante à quebradeira que se seguiu após a crise de 1929.
Obama tem um enorme desafio pela frente. Sua ascensão política está intimamente ligada a inúmeros fatores. Pesaram a seu favor seu carisma pessoal, sua condição de militante negro sintonizado com as causas sociais e, sobretudo, o fracasso que se revelou a administração de George W. Bush na condução dos rumos da economia americana, da política externa e, consequentemente, no combate ao terror.
Além de emprego e estabilidade, o cidadão comum americano espera de Obama a confirmação de suas promessas de campanha, a consolidação das expectativas criadas em torno de seu nome. O fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, é uma delas. Ícone da violação dos direitos humanos e das garantias individuais, a desativação da base americana no Caribe será, sem dúvida, capaz de ditar o tom da administração que o ex-senador democrata pretende imprimir.
A partir daí, o mundo testemunhará se Obama chega para ficar, colocando definitivamente seu nome na história contemporânea, ou se simplesmente será o 44 presidente americano a ocupar o Salão Oval da Casa Branca.
Assinar:
Comentários (Atom)
Propósito
Aqui sua opinião contribui para estimular e valorizar o debate.