15 janeiro 2008
Cambistas: a praga do futebol
O Campeonato Carioca de 2008 começa neste fim de semana. A novidade, além das estréias dos novos jogadores contratados pelos clubes, fica por conta do aumento do preço dos ingressos em até 50% com relação ao ano passado. O regulamento deste ano prevê que Flamengo e Fluminense farão todas suas partidas contra as equipes de menor tradição no Maracanã (Botafogo e Vasco fazem seus jogos no Engenhão e em São Januário, respectivamente). Com as recentes contratações feitas pelas equipes, a expectativa da torcida é grande em torno da participação de seus times na competição. A Federação Carioca de Futebol e os clubes resolveram aumentar os preços dos ingressos, contribuindo para afastar a torcida dos estádios. Pena que o governo do estado não tenha feito nada para evitar a elevação dos preços dos ingressos. A justificativa de que a venda, bem como a fixação dos preços dos ingressos, é de responsabilidade exclusiva da federação e dos clubes, é uma forma de se livrar do problema. De que adianta um estádio recuperado, de equipes fortalecidas com novos craques, se o torcedor, principal personagem deste enredo, continua relegado a segundo plano? Resta a esperança de que o poder público deixe este ano a inércia de lado e aja com rigor para impedir a ação dos cambistas, considerados a grande praga do nosso futebol. É sabido que eles agem nos estádios com a conivência dos bilheteiros que pertencem à empresa encarregada da venda dos bilhetes, o que não exclui a responsabilidade do poder público.O secretário de Esportes, Lazer e Turismo, Eduardo Paes, que acumula o cargo de presidente da Suderj (Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro), bem que poderia priorizar o combate aos cambistas para o bem do futebol do Rio.
14 janeiro 2008
Passaporte para o inferno
Programas de fidelização no Brasil, historicamnte, sempre foram complicados. Que o digam as operadoras de telefonia e as TVs por assinatura. As queixas dos clientes se acumulam nas varas cíveis. Ironicamente, projetos dessa natureza, surgidos na década passada nos Estados Unidos e, depois, na Europa, estão amparados na fidelidade, ou seja, na satisfação do cliente com o produto ou serviço prestado.
Aqui no Brasil, a fidelidade do torcedor brasileiro, especialmente a do carioca pelo seu time de coração, é colocada à prova semanalmente. Basta ver as dificuldades encontradas pelo torcedor nos estádios, em dias de jogos, para a compra de ingressos. É uma desorganização e descaso com o público que entidade nenhuma consegue sanar.
Embalado pela recente conquista da Copa do Brasil e acreditando na expectativa da torcida em face das contratações feitas para a temporada que se incia, o Fluminense, lançou no ano passado o seu programa de fidelização, batizado de "Sócio-Torcedor" e agora repaginado para "Passaporte Tricolor".
Pois bem. Há uma semana, inspirado na paixão pelo clube e interessado em aderir ao programa, acessei a internet, imprimi o boleto correspondente e fiz o depósito em banco. Pois bem, pasmem, até agora ninguém se dignou a me encaminhar um e-mail ou correspondência sequer acusando o depósito e, conseqüentemente, confirmando a inclusão do meu nome no programa de fidelização.
Sábado agora, dia 19, o Fluminense faz sua estréia no Campeonato Carioca. Acho pouco provável que a situação até lá esteja normalizada, de forma que eu possa garantir minha presença no Maracanã, conforme está explícito no contrato de adesão. Seria de bom tom que os dirigentes do clube e os empresários envolvidos no projeto se empenhassem em dar o mínimo de organização à promoção. A continuar do jeito que está - o telefone colocado à disposição do público só dá ocupado e o meu acesso ao site permanece inativo - será difícil me convencer que vale à pena sair de casa para ir ao estádio incentivar a equipe.
Creio que seja mais sensato aceitar o convite feito pelo sogro, abrir uma cerveja e assistir à partida, ao vivo, pela TV, após o almoço em família servido no self-service da esquina do bairro. Lá, ao menos, você paga pelo que consome.
Aqui no Brasil, a fidelidade do torcedor brasileiro, especialmente a do carioca pelo seu time de coração, é colocada à prova semanalmente. Basta ver as dificuldades encontradas pelo torcedor nos estádios, em dias de jogos, para a compra de ingressos. É uma desorganização e descaso com o público que entidade nenhuma consegue sanar.
Embalado pela recente conquista da Copa do Brasil e acreditando na expectativa da torcida em face das contratações feitas para a temporada que se incia, o Fluminense, lançou no ano passado o seu programa de fidelização, batizado de "Sócio-Torcedor" e agora repaginado para "Passaporte Tricolor".
Pois bem. Há uma semana, inspirado na paixão pelo clube e interessado em aderir ao programa, acessei a internet, imprimi o boleto correspondente e fiz o depósito em banco. Pois bem, pasmem, até agora ninguém se dignou a me encaminhar um e-mail ou correspondência sequer acusando o depósito e, conseqüentemente, confirmando a inclusão do meu nome no programa de fidelização.
Sábado agora, dia 19, o Fluminense faz sua estréia no Campeonato Carioca. Acho pouco provável que a situação até lá esteja normalizada, de forma que eu possa garantir minha presença no Maracanã, conforme está explícito no contrato de adesão. Seria de bom tom que os dirigentes do clube e os empresários envolvidos no projeto se empenhassem em dar o mínimo de organização à promoção. A continuar do jeito que está - o telefone colocado à disposição do público só dá ocupado e o meu acesso ao site permanece inativo - será difícil me convencer que vale à pena sair de casa para ir ao estádio incentivar a equipe.
Creio que seja mais sensato aceitar o convite feito pelo sogro, abrir uma cerveja e assistir à partida, ao vivo, pela TV, após o almoço em família servido no self-service da esquina do bairro. Lá, ao menos, você paga pelo que consome.
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