27 novembro 2025

Perda de salário pago a Bolsonaro pelo PL é simbolo do ostracismo iminente

O Partido Liberal (PL) suspendeu o pagamento do salário do único presidente condenado por tentativa de golpe de Estado na história do país. Eram pouco mais de 42 mil por mês. A sangria nas finanças representa mais do que uma perda finenceira na renda do ex-presidente. A suspensão da remuneração, imposta por lei, é a face mais visivel, depois da perda da liberdade, do ostracismo político a que o ex-mandatário será relegado em curto tempo. O divisor de águas será a eleição do ano que vem. Bolsonaro ganhara 40 milhões dos seus seguidores mais fiéis após ele abrir uma campanha de arrecadação via pix sob a justificativa de pagar as muitas multas e os honorários de seus advogados.

26 novembro 2025

Atentado a tiros em Washington une democratas e republicanos

O ataque a tiros, hoje, em Washington D.C., contra dois agentes da Guarda Nacional suscitou uma corrente de indignação no país, unindo republicanos e democratas. O episódio pode arrefecer a disputa política envolvendo Donald Trump e os governadores de oposição. Desde de junho, o presidente republicano tem ordenado o envio de agentes da Guarda Nacional para os estados governados por democratas sob o pretexto de coibir a violência, o que os mandatários democratas rechaçam apresentando números que demonstram o recuo dos índices de criminalidade. A medida faz parte da disputa política doméstica e tem sido vista como uma forma de pressão exercida por Trump.

Democracia brasileira se fortalece após a condenação e prisão da elite do golpe

O encarceramento definitivo de Bolsonaro e dos generais que tentaram solapar a democracia eleva o regime vigente a um outro patamar. Nossa democracia conquistada e moldada após 21 anos de arbítrio não é perfeita, longe disso, mas, com todas as suas imperfeições, é o sistema político mais igualitário e inclusivo, aquele mais se aproxima da difícil missão de garantir as escolhas individuais e coletivas, num país marcado por desigualdades sociais profundas.

21 novembro 2025

FolhaSP condena indicação de Jorge Messias para o STF e exorta o Senado a barrar o escolhido por Lula

Senado tem bons motivos para rejeitar Messias no STF Como já fizera Bolsonaro, Lula enfraquece instituição ao indicar ministros por fidelidade Casa legislativa é o freio constitucional a ambição presidencial espúria; escolhidos por mérito mostram mais autonomia Jorge Messias ficou nacionalmente conhecido em 2016, quando foi incumbido pela ainda presidente Dilma Rousseff (PT) de entregar a Luiz Inácio Lula da Silva um termo de posse como ministro da Casa Civil. A manobra, frustrada por liminar de Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, daria a Lula, acossado por investigações de corrupção, foro especial no Judiciário. É na mesma condição de homem de confiança que Messias recebe agora do chefe a indicação para ministro do STF —a condição que já o levou ao comando da Advocacia-Geral da União (AGU) e a diversas outras funções em gestões petistas. Vá lá que fidelidade e alinhamento político sejam critérios aceitáveis para o preenchimento de cargos estratégicos no gabinete presidencial. Nunca o serão, porém, quando se trata de escolha para a mais alta corte do país. Em seu terceiro mandato, Lula aprofunda uma prática funesta que aprendeu com o antecessor, Jair Bolsonaro (PL), e aprofundou. Ambos se puseram a aparelhar o Supremo com nomes de menor qualificação jurídica e maior gratidão ao padrinho, enfraquecendo uma instituição republicana essencial e a independência entre os Poderes. Se Bolsonaro é um autoritário convicto, Lula aprendeu a lição errada e se esqueceu dos acertos de seus dois primeiros mandatos. Por mais que a corte tenha acumulado contradições ao sabor dos ventos políticos nos últimos anos, os ministros selecionados por mérito em gestões petistas anteriores mostraram maiores altivez e independência em momentos cruciais como o julgamento do Mensalão e o impeachment de Dilma. É perfeitamente legítimo que um presidente indique para o posto alguém com quem compartilhe valores e visões de mundo —há juristas das mais diferentes inclinações à disposição. Nesses casos, a garantia de permanência no tribunal até a aposentadoria compulsória tende a fortalecer a autonomia do escolhido. Coisa muito diferente é apontar subordinados diretos, amigos e aliados políticos de longa data, como se o STF fosse uma extensão do palácio de governo. Bolsonaro quis um evangélico, André Mendonça; Lula, seu advogado pessoal, Cristiano Zanin. O freio a essa ambição presidencial espúria, conforme definido pela Constituição, é o Senado Federal, ao qual cabe sabatinar os indicados e deliberar sobre sua aprovação. Há bons e maus motivos para que, desta vez, tal processo não transcorra como uma mera formalidade. De menos nobre, a cúpula da Casa legislativa já demonstrou sem maiores sutilezas a preferência por um dos seus, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que a chefiou entre 2021 e o início deste ano. Foi apenas essa pressão que retardou o anúncio oficial da indicação de Messias, há muito decidida. Acima do corporativismo reles, compete aos senadores fazer valer a exigência de "notável saber jurídico" imposta pelo texto constitucional aos ministros do Supremo e, sobretudo, inibir novas afrontas do presidente de turno à independência da corte. foto: Ricardo Stuckert/Divulgação Presidência da República

18 novembro 2025

A crise bate a porta das elites

O banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master e de um invejável network em Brasília, foi preso pela Polícia Federal na noite desta segunda-feira (17), em São Paulo. A polícia suspeita que o banqueiro estava prestes a embarcar num voo para o exterior. Também foi preso Augusto Lima, sócio de Vorcaro do Banco Master. Ainda na maior metrópole do país, a direção da escola britânica St Paul's, reconhecida como uma das mais caras do país por oferecer um ensino de excelência, de nível internacional, está investigando a denúncia de que um grupo de alunos bem nutridos da instituição teve acesso antecipadamente a exames que asseguram o ingresso em algumas das principais universidades do mundo —como Harvard, Stanford, Yale, Columbia, Oxford e Cambridge— e também do Brasil, como a FGV e o Ibmec.

17 novembro 2025

Gosto não se discute, cada um tem o seu

O chanceler alemão, Friedrich Merz (foto), que esteve em Belém na semana passada participando da COP 30, pode ser um entusiasta da defesa do meio ambiente, mas não é propriamente um diplomata, um líder elegante. De volta à Alemanha, ele depreciou a capital paraense durante a abertura de um evento de comércio em seu país. Merz deixou o Brasil há dez dias, após se comprometer em contribuir com "uma quantia considerável" para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). O valor ainda não foi fixado pelo governo de Berlim. A humanidade agradece o seu comprometimento com a causa ambiental. De volta à Alemanha, o chanceler definiu o seu país como "um dos mais bonitos do mundo", durante discurso feito na cerimônia de abertura do Congresso Alemão do Comércio. Até aí tudo bem, gosto não se discute. Exaltar a beleza do país europeu ante a reconhecida exuberância e diversidade da paisagem natural brasileira é atitude no mínimo temerária. Durante sua fala, Friedrich Merz se dirigiu aos jornalistas presentes. - Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: 'Quem de vocês gostaria de ficar aqui?' Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, na noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos" - recordou o chanceler ao se referir de forma deselegante à capital paraense. Diante disso, espera-se que o líder alemão faça mais pela defesa do meio ambiente do que fala.

15 novembro 2025

Trufas e hambúrgueres

A campanha empreendida pela direita em defesa da anistia para salvar Bolsonaro da prisão flopou. O que se discute agora é onde encarcerá-lo e a partir de quando. A obstinação do clã Bolsonaro pelo poder não arrefece, muito pelo contrário. Tentaram aferir a temperatura apresentando o nome de "Eduardo from United States" para manter o nome do clã em evidência. A trama conspiratória contra o Brasil articulada pelo deputado gazeteiro e fazedor de hambúrguer na chapa resultou na aplicação do tarifaço baixado pela Casa Branca às exportações brasileiras. A megalomania e o radicalismo do parlamentar do PL/SP, que enxerga inimigo até na sua própria sombra, acabam de enterrá-lo. Os ritos da ação penal a que responderá como réu no STF pelo crime de coação escalarão o seu desgaste politico, desembocando numa eventual condenação e inelegibilidade, sepultando de imediato qualquer aspiração política. Agora, testam o nome do senador COAF, dono da mansão de 5 K, em Brasília, quitada antecipadamente graças ao sucesso da venda de trufas banhadas em chocolate. Vai acabar sobrando para o diligente vereador de Balneário Camboriú.

09 novembro 2025

Entendedores entenderão

Tropa de Bolsonaro impulsiona protestos nas redes

Repare, virou campanha orquestrada. Boa parte dos aliados de Bolsonaro, pelo menos os que fizeram parte do seu governo, foi instada a postar vídeos de apoio ao ex-presidente nas redes sociais. A enxurrada de comentários de indignação costuma se avolumar nos fins de semana, quando a audiência por essas bandas é mais significativa. Eles condenam a prisão domiciliar do ex-presidente, contam os dias de encarceramento com calculadora em punho e contestam o julgamento que o condenou a 27 anos e três meses de prisão por atentar contra a democracia. Vão precisar de mais do que isso.
Folhetim exibido pela Netflix é carregado por uma aura predominantemente violenta, misógina, e marcado por atuações do elenco, senão brilhantes, convincentes. A série revive a eterna relação promíscua entre o Estado e a contravenção. Da gênese na ponta, com o arrego ao PM da esquina, passa pelo "faz me rir" destinado ao Legislativo, sob o olhar constrangido do mártir Tiradentes. Por fim, desemboca nas benesses providenciais que aportam no Palácio Guanabara, sede do Executivo fluminense.

Tornado que destruiu Rio Bonito do Iguaçu foi o mais forte do país

08 novembro 2025

ADOLESCENTE ESTÁ ENTRE AS VÍTIMAS DO TORNADO NO PR

Foi identificada como Julia Kwapis, de 14 anos, como sendo uma das seis vítimas do tornado que devastou a região central do Paraná, no fim da tarde de sexta-feira (7). A adolescente morreu em consequência das múltiplas lesões que sofreu ao ser tragada pela ventania acompanhada de forte chuva que atingiu o município de Rio Bonito do Iguaçu, localizado a 380 quilômetros de Curitiba. A mãe da Julia informou que a família se reuniria num churrasco, neste domingo (9), para comemorar a crisma de Julia. A cerimônia estava marcada para a tarde deste sábado. Julia Kwapis estava na casa de uma amiga quando o tornado atingiu a região. A Defesa Civil do Paraná confirmou a morte de seis pessoas em todo o Estado. Cinco delas em Rio Bonito do Iguaçu e uma no município de Guarapuava, também afetado pelo fenômeno climático, mas em menor escala. Somente em Rio Bonito do Iguaçu 430 pessoas saíram feridas após a passagem do tornado. Elas foram encaminhadas a hospitais do município e de cidades vizinhas. Entre os feridos, sete se encontram em estado grave. A infraestrurira de Rio Bonito do Iguaçu, que tem 14 mil habitantes, foi gravemente afetada. Cerca de 11 mil moradores estão desalojados em razão dos estragos nas casas causados pelo forte vendaval.

Tornado no Paraná provoca devastação e mata seis pessoas

Toda a solidariedade aos moradores do município paranaense de Rio Bonito do Iguaçu - distante 380 kms de Curitiba - , que foi devastado, no fim da tarde desta sexta-feira (07), por um tornado, que provocou rajadas de vento superiores a 250 Km/h, de acordo com especialistas. A Defesa Civil informou que o fenômeno climático provocou a morte de seis pessoas e ferimentos em outras 430, sendo sete delas em estado grave. Os feridos estão sendo encaminhados para hospitais de cidades vizinhas, uma vez que a infraestrutura de Rio Bonito do Iguaçu, que tem cerca de 14 mil habitantes, foi severamente comprometida.


 

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