24 julho 2007

Maracanãzinho: o nosso Madison Square Garden


Assistir no Maracanãzinho à estréia da seleção brasileira masculina de vôlei no Pan 2007 me fez voltar no tempo. Me remeteu às décadas de 60 e 70, época em que o ginásio, já velhinho, costumava sediar algumas poucas competições esportivas e concertos de bandas decrépitas, que excursionavam por aqui em busca de alguns trocados. Me lembro da banda Gipsy King, do Earth Wind and Fire, dos memoráveis festivais de MPB com Caetano, Gil, Elis, Wilson Simonal e Toni Tornado com a lendária BR 3. Enfim.
Um tempo em que não havia iPod, mas viajar de avião era mais seguro do que montar numa bicicleta. O Maracanãzinho está de fato muito bonito. Por dentro e por fora. Parece até noivo em dia de casamento. Tudo cheirando a novo, igual a carro zero, recém saído da concessionária.
Afora alguns contratempos, do tipo as pessoas não respeitarem os assentos marcados nos ingressos, a experiência de torcer pela nossa seleção de vôlei ao lado da enteada adolescente dando suspiros a cada cortada do Giba foi muito prazerosa.
O ginásio está bem iluminado, os banheiros impecáveis e o ar condicionado, acreditem, dá vazão. O único senão é a cerveja, que embora não desça redonda, estava gelada. Assistir à estréia da equipe favorita ao título é um privilégio, sobretudo, numa cidade como o Rio de Janeiro, que além da sua beleza natural, tem agora um ginásio de ponta, que nos remete ao Madison Square Garden, com a vantagem de estar nos trópicos, longe da ira do Bin Laden.

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