30 junho 2008

QUEIXA INOPORTUNA

O assunto é árido e não deveria fazer parte de qualque discussão na semana em que o Fluminense se prepara para elevar o nome do clube ao mais alto patamar de sua centenária história - no próximo dia 21 a agremiação carioca completa 106 anos de vida. O atacante Dodô está de saída do Fluminense. O técnico Renato Gaúcho está contrariadíssimo com o jogador e não engoliu as suas seguidas manifestações públicas, reivindicando uma vaga na equipe titular. O treinador já decretou o fim do ciclo de Dodô nas Laranjeiras. Apesar do contrato do atleta terminar somente em dezembro do ano que vem, sua saída é tida como certa nas Laranjeiras. Se uma tragédia ocorrer nesta quarta-feira, quando o Fluminense decide o título da Taça Libertadores da América, o expurgo do jogador será mais rápido do que se imagina. O silêncio mantido até aqui por Renato Gaúcho e pelo coordenador técnico, Branco, visou tão somente a preservar o ambiente entre os jogadores e não causar nenhum problema adicional à equipe às vésperas da grande decisão contra a equipe da LDU, do Equador, a outra finalista da competição.

Dodô só permanece no grupo se o jogador tiver uma eventual exibição de gala, daquelas que marcam a carreira de qualquer desportista e fazem a torcida se ajoelhar a seus pés e os torcedores rivais morrerem de inveja. A verdade é que Dodô conseguiu contrariar boa parte da comissão técnica e da diretoria do clube. O único dirigente que ainda apóia a sua permanência no clube é o presidente so Fluminense, o cardiologista Roberto Horcades. Nem mesmo o Dr. Celso Barros, o executivo da patrocinadora do clube (Unimed), compartilha do pensamento do dirigente tricolor.

Homem experiente e dono de uma personalidade conciliadora, Dr. Horcades guarda a esperança de que "o autor dos gols bonitos" reflita e pare de conturbar o bom ambiente tricolor com suas declarações inoportunas. Dodô sequer levou em conta que o Fluminense não mediu esforços para que não faltasse nada durante o seu julgamento no tribunal desportivo em Zurique, na Suíça, por conta da suspeita de dopping, quando o jogador ainda atuava pelo Botafogo. A comitiva que acompanhou o atleta até a Europa somava quase dez pessoas, entre advogados e testemunhas. Transporte, estadia, alimentação, honorários, tudo pago pela empresa patrocinadora em favor de Dodô, apelidado, não sem razão, de "o jogador dos gols bonitos".

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