10 novembro 2008

Morte súbita

São Paulo - Nesta semana é comemorado o II Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte súbita, e a campanha “Coração na Batida Certa”, realizada pela Sobrac – Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo (www.bpsp.org.br), acontece nesta terça-feira (11).

O problema é muito sério, mas pouco se fala sobre o assunto. Ela mata mais que Aids, acidentes de automóveis, AVC e câncer de mama, mas só aparece na mídia quando atinge a personalidades como a ex-primeira dama, dona Ruth Cardoso, e o jogador de futebol Serginho, do São Caetano. Nos EUA, são cerca de 400 mil casos de morte súbita por ano. E no Brasil esse número pode ser ainda maior.

Embora não haja estatística que comprove esse dado preocupante, estima-se que aqui a situação seja mais grave por dois motivos: nossos hábitos são semelhantes aos dos americanos e ainda temos a doença de Chagas, inexistente naquele país.

“É difícil chegarmos a um número exato porque os atestados de óbito nem sempre correspondem à causa efetiva da morte. Culturalmente, os brasileiros rejeitam a realização da necropsia, prejudicando ainda mais o diagnóstico. Então, muitos atestados aparecem como infarto, quando na verdade a pessoa pode ter falecido por morte súbita”, lamenta o cardiologista Tarcísio Medeiros Vasconcelos, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e um dos idealizadores da campanha.

Segundo o médico, a necropsia ajuda, inclusive, a detectar possíveis chances de morte súbita em outros membros da família, quando diagnosticada sua causa por hereditariedade.

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