21 dezembro 2008

Quem pode, pode

Imagine o multimilionário da mineração Eike Batista caracterizado de mendigo, perambulando pelas ruas do Centro a pedir esmola com as mãos estendidas. Ou então pense como seria o empresário Antônio Ermírio de Moraes, dono da gigante do cimento Votorantim, carregando um pandeiro com a mão espalmada, pedindo uns trocados com o seu grupo de pagode aos clientes sentados ao redor de uma mesa de bar na Praia de Copacabana.

Na Rússia pós-comunismo, os milionários estão buscando uma forma alternativa de dar um sentido às suas vidas, para fugir do tédio provocado pelo turbulento e concorrido mundo dos negócios. Muitos deles têm contratado os serviços de uma empresa especializada em entretenimento. Isso mesmo. Quem tem dinheiro na Rússia, ou melhor, muito dinheiro, não economiza na hora de contratar o serviço, seja para se passar despercebido como mendigo nos arredores de Moscou ou servindo um sanduíche numa típica lanchonete de fast food. Existem os que vão além. Protegidos por um esquema que envolve a polícia e seguranças, alguns desembolsam altas quantias para que suas esposas se passem por prostitutas, abordando motoristas nas ruas da capital russa. Quando o programa é acertado, eis que surge a polícia para afastar os interessados.

Excentricidade maior, impossível.

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