No país do futebol, o último domingo conseguiu dividir corações e mentes dos brasileiros, que reservaram o início da tarde para acompanhar o Grande Prêmio Brasil de F-1. Felipe Massa, da Ferrari, fez uma corrida exemplar. Conquistou na véspera a pole position, se manteve na liderança boa parte da corida, mas perdeu ao final, restando 500 m para a bandeirada, para o inglês precoce Lewis hamilton, da McLaren. A vitória do britânico e o consequente vice-campeonato do piloto brasileiro contrariaram um sentimento reinante no país de que vice e último colocado são a mesma coisa.
Massa fez uma corrida cerebral. Teve de tudo durante as 71 voltas do circuito de Interlagos: chuva, sol, pista molhada, troca de pneus. Afora a disputa renhida entre Massa e Hamilton, deu gosto de ver, mesmo para os leigos em automibilismo, a ousadia e técnica exibidas mais uma vez pelo piloto alemão Sebastian Vettel, da Toro Rosso, que corre como gente grande, pisa fundo e não tem medo de cara feia. Só não fez mais bonito porque o seu carro andou no limite, bem distante das Ferraris e da Mclaren de Hamilton.
Mas Valeu Felipe! No dia em que o país celebrou a lembrança aos mortos, o piloto ferrarista ressuscitou a emoção e o orgulho de ser brasileiro. Me vi de novo, como nos tempos em que Ayrton Senna guiava a McLaren, colado diante da TV, roenho as unhas e torcendo pela "baratinha" vermelha conduzida por Massa.
Ano que vem tem mais. E Felipe, certamente, estará mais maduro, com o moral elevado junto aos dirigentes da escuderia de Maranello, assim como o mais novo campeão do circo da F-1, Lewis Hamilton e o alemão voador, que defenderá em 2009 as cores da Red Bull.
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