O autor da novela “A Favorita”, que terminou ontem (16), ficou fulo ao constatar que o final da trama que concebera fora publicado pelo jornal O Dia. João Emanuel Carneiro, que sem dúvida merece os aplausos pelo sucesso da trama, foi extremamente infeliz ao declarar em entrevista ao próprio diário carioca, que jamais concederia entrevista ao jornal e que recomendaria a TV Globo a suspender qualquer tipo de relação com a empresa com sede na Rua do Riachuelo, no Centro. Carneiro foi mais além: informou que a emissora instalou uma espécie de CPI para apurar quem foi o responsável pelo vazamento da informação. Disse que se identificado, o funcionário seria demitido.
O Dia , em sua coluna Telenotícia, antecipou o destino da vilã da novela – a personagem Flora, interpretada pela atriz Patrícia Pilar. Flora, após passar quase oito meses promovendo toda sorte de maldades, acabou baleada pela própria filha Lara (Mariana Ximenez) na casa da família Fontini, no Guarujá – litoral paulista -, e acaba voltando para a prisão.
Os jornalistas e artistas em geral, cineastas, escritores, atores e dramaturgos foram as grandes vítimas durante a ditadura, os chamados “anos de chumbo”. Justamente por isso, esperava-se do autor da novela uma postura diferente, uma atitude de grandeza ante o “furo” dado pelo O Dia. Mas não, Carneiro preferiu amaldiçoar o jornal.
Lamentável.
17 janeiro 2009
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