
Ele foi apresentado ao violino na casa de uma amiga, que guardava o instrumento ganho de presente como uma espécie de relíquia. De lá para cá passaram-se seis anos e Rodrigo Xavier, 24 anos, nunca mais abandonou o instrumento, o qual aprendeu a tocar por conta própria. A paixão pelos acordes foi dividida com a Química, curso que frequentou até o terceiro ano na Universidade do Estado de São Paulo (Unesp). Nascido na capital paulista, o músico passa as tardes nas escadarias das estações do metrô em busca de uns trocados, suficientes para pagar a diária de R$ 20 cobrada pela dono da hospedaria na Lapa, onde chegou em dezembro, vindo de São Paulo, na esperança de dias melhores.
Perguntado sobre o porquê de ter trocado a efervescente Praça da Sé pelo corre-corre do Largo da Carioca, Rodrigo diz apostar na tradição cultural da cidade do Rio.
- A arte no Rio chama mais a atenção. Aqui é um núcleo forte. O Rio tem samba, choro - resume o músico, que justifica a escolha do violino como o instrumento "que mais representa a voz humana".
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