31 maio 2009
De pernas para o ar
Este mundo está definitivamente de pernas para o ar. Depois que a chuvas castigaram o Nordeste, matando e desabringando milhares de pessoas, e que o espanhol Rafael Nadal foi, surpreendentemente, eliminado do torneio de tênis de Roland Garros, não acredito mais em nada.
27 maio 2009
O Flu não é o Barcelona
Que o futebol é movido pela paixão, não resta dúvidas. A invasão promovida por um grupo de torcedores do Fluminense, esta semana, nas Laranjeiras, foi deplorável. É verdade que o time está mal das pernas, sem padrão de jogo, que a diretoria se revela amadora na hora de planejar e contratar. Mas não se pode tolerar as manifestações violentas patrocinadas pelo torcedor sob o pretexto de que a torcida pode tudo porque paga o ingresso.
As cenas de intolerância que ocorreram no clube, com ameaças, agressão e até tiros fogem do âmbito esportivo e ingressam no noticiário policial.
Ao time só resta trabalhar. Nada mais do que isso.
Parreira é um bom treinador, mas me parece distante da realidade do futebol tupiniquim. No domingo, o Santos sapecou quatro a um na equipe em pleno Maracanã e, no dia seguinte, pasmem, o time estava de folga, comos e nada tivesse acontecido.
Quem merece ficar uma semana de folga em Ibiza é a equipe do Barcelona, que ganha tudo o que disputa.
As cenas de intolerância que ocorreram no clube, com ameaças, agressão e até tiros fogem do âmbito esportivo e ingressam no noticiário policial.
Ao time só resta trabalhar. Nada mais do que isso.
Parreira é um bom treinador, mas me parece distante da realidade do futebol tupiniquim. No domingo, o Santos sapecou quatro a um na equipe em pleno Maracanã e, no dia seguinte, pasmem, o time estava de folga, comos e nada tivesse acontecido.
Quem merece ficar uma semana de folga em Ibiza é a equipe do Barcelona, que ganha tudo o que disputa.
15 maio 2009
Vitória da sociedade
A destacar na prisão silenciosa do miliciano Batman, realizada pela Polícia Civil, foi a inauguração de uma nova fórmula de divulgar açõoes bem sucedidas da instituição. Ao invés de atribuir a prisão a este ou aquele policial, a esta ou àquela delegacia, a prisão foi creditada a um grupo (Missão Suporte) recém concebido pelo novo chefe da Polícia, delegado Allan Turnowski.
Sou de um tempo em que o repórter de polícia que fui gastava rios de carga de caneta relacionando os nomes de todos os agentes que participavam de uma prisão importante ou de uma apreensão de drogas ou armas expressiva. E os editores dos jornais não se recusavam a publicar a lista - que mais parecia uma relação de candidiatos aprovados em época de vestibular -, por entender que a medida valorizava o "tira", levando-o a estabelecer, por gratidão e vaidade, uma relação de confiança, de fidelização com o jornalista, que se beneficiava, após fazer de cada um dos policiais listados sua fonte de informação.
Decisão acertada. A prisão de Batman, sem que fosse disparado um único tiro, representa uma vitória, uma conquista da polícia, do Estado e, em última análise, de toda a sociedade.
Sou de um tempo em que o repórter de polícia que fui gastava rios de carga de caneta relacionando os nomes de todos os agentes que participavam de uma prisão importante ou de uma apreensão de drogas ou armas expressiva. E os editores dos jornais não se recusavam a publicar a lista - que mais parecia uma relação de candidiatos aprovados em época de vestibular -, por entender que a medida valorizava o "tira", levando-o a estabelecer, por gratidão e vaidade, uma relação de confiança, de fidelização com o jornalista, que se beneficiava, após fazer de cada um dos policiais listados sua fonte de informação.
Decisão acertada. A prisão de Batman, sem que fosse disparado um único tiro, representa uma vitória, uma conquista da polícia, do Estado e, em última análise, de toda a sociedade.
13 maio 2009
Meu Deus!
Um morador de rua, viciado em drogas e que tinha acabado de usar crack, foi linchado e morto, na noite desta terça-feira, ao ser surpreendido por moradores da Rua Souza Castro, no Jardim Bom Retiro, na localidade de Guaxindiba, em São Gonçalo, tentando estuprar uma menina de 9 anos.
A criança, que caminhava em direção a sua casa, foi surpeeendida pelo tarado que a arrastou para um local ermo - por volta das 20h - e quando se preparava para abusar dela, a menina começou a gritar desesperadamente, chamando a atenção dos moradores da rua.
Mais de 50 pessoas, ao ouvirem os gritos e o choro da criança, chegaram a tempo de evitar que o homem consumasse o estupro e tentaram agarrá-lo. Identificado como Carlos Eduardo Braz, de 27 anos, o agressor ainda saiu correndo, mas foi perseguido pela multidão e encurralado numa esquina, sendo jogado contra uma parede, onde levou chutes, socos, pauladas e pedradas.
Ele foi arrastado pelas ruas, até que morreu devido as pauladas, pedradas e chutes que recebeu no rosto e na cabeça. Seu corpo foi abandonado na própria Rua Souza Castro e uma patrulha do 7º BPM (Alcântara) foi avisada horas depois do linchamento, sobre o encontro do cadáver.
fonte: O Dia Online
A criança, que caminhava em direção a sua casa, foi surpeeendida pelo tarado que a arrastou para um local ermo - por volta das 20h - e quando se preparava para abusar dela, a menina começou a gritar desesperadamente, chamando a atenção dos moradores da rua.
Mais de 50 pessoas, ao ouvirem os gritos e o choro da criança, chegaram a tempo de evitar que o homem consumasse o estupro e tentaram agarrá-lo. Identificado como Carlos Eduardo Braz, de 27 anos, o agressor ainda saiu correndo, mas foi perseguido pela multidão e encurralado numa esquina, sendo jogado contra uma parede, onde levou chutes, socos, pauladas e pedradas.
Ele foi arrastado pelas ruas, até que morreu devido as pauladas, pedradas e chutes que recebeu no rosto e na cabeça. Seu corpo foi abandonado na própria Rua Souza Castro e uma patrulha do 7º BPM (Alcântara) foi avisada horas depois do linchamento, sobre o encontro do cadáver.
fonte: O Dia Online
09 maio 2009
Inclusão digital
O governo federal anunciou nesta sexta-feira (08) que pretende retomar o programa de venda de notebooks a professores a preços mais baratos do que os do mercado. O programa visa a contemplar somente educadores da rede de ensino regular, ou seja, docentes de cursinhos de pré-vestibular, preparatórios para concursos , de idiomas, estão fora.
Resta saber se vai ter gente esperta comprando em nome de terceiros ou de supostos professores para revender nas lojas a preços mais caros. Depois da descoberta que o Bolsa Família pagava até quem já não está entre nós, não duvido nada.
Os notebooks sairão a R$ 1,4 mil no máximo e poderão ser financiados pela Caixa e pelo Banco do Brasil. Máquinas de 1 Mega de memória RAM e HD de 80 Giga. Nada mal.
Resta saber se vai ter gente esperta comprando em nome de terceiros ou de supostos professores para revender nas lojas a preços mais caros. Depois da descoberta que o Bolsa Família pagava até quem já não está entre nós, não duvido nada.
Os notebooks sairão a R$ 1,4 mil no máximo e poderão ser financiados pela Caixa e pelo Banco do Brasil. Máquinas de 1 Mega de memória RAM e HD de 80 Giga. Nada mal.
Que país é esse?
Policiais militares do 12º BPM (Niterói) apreenderam um menor de 15 anos acusado de ser um dos chefes do tráfico de drogas na favela Coronel Leôncio, na Engenhoca, em Niterói. Com a chegada dos policiais, os traficantes iniciaram uma uma troca de tiros. Ninguém foi ferido, mas o menor foi apreendido. Com ele, os PMs recolheram uma pistola calibre 45, de fabricação espanhola. Segundo os policiais, o adolescente é conhecido por sua periculosidade dentro da favela.
Como diria um conhecido jornalista do Rio.
"Meu Deus!"
Como diria um conhecido jornalista do Rio.
"Meu Deus!"
Engajamento
Enfraquecida depois de uma greve de fome que dura quase duas semanas, a atriz Mia Farrow anunciou na sexta-feira (8) que o bilionário britânico Richard Branson assumirá seu protesto em solidariedade com a população da região de Darfur, no Sudão. Um porta-voz de Farrow disse que a saúde da atriz deteriorou nos últimos dias e que seu médico pediu que ela ponha fim ao jejum de alimentos sólidos que iniciou há 12 dias para protestar contra a expulsão por Cartum de mais de uma dúzia de organizações humanitárias. Mia Farrow pediu a Branson que assumisse o jejum, disse o comunicado da atriz, acrescentando que o empresário britânico aceitou o pedido e iniciaria nesta sexta uma greve de fome de três dias. "Precisamos que todos se ergam para exigir a volta da assistência internacional e que a população de Darfur seja protegida e tenha a oportunidade de viver em paz", disse Branson, segundo o comunicado.
Farrow, que em 2000 foi nomeada embaixadora da boa-vontade da Unicef, o fundo das Nações Unidas para a infância, vem fazendo campanha há anos para a conscientização pública e o levantamento de fundos para crianças que vivem em zonas de conflito como Darfur, a República Democrática do Congo, Haiti, Chade e Nigéria. Em março a Corte Criminal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente do Sudão, Hassan al Bashir, acusando-o de ser o autor intelectual dos massacres e deportações em Darfur, no oeste do Sudão. Desde então o Sudão expulsou do país 13 organizações de ajuda humanitária estrangeiras e três nacionais, acusando-as de colaborar com a CCI, sediada em Haia.* Do site G1/ foto: Association Press
05 maio 2009
Premonição
A velocidade cada vez maior da informação e a interatividade entre as diferentes mídias vêm provocando mudanças profundas que nos levam a uma reflexão de como será tudo daqui para a frente, daqui a alguns anos. Talvez não estejamos mais aqui para testemunhar, mas elas são reais e nos impõem mudanças na forma de ler, assistir e ouvir o que buscamos.
Justa indignação
A farra dos parlamentares com as passagens aéreas têm causado reações diversas pelo país afora.
01 maio 2009
Protesto

O projeto do governador Sérgio Cabral de privatizar o complexo esportivo do Maracanã, entregando a sua administração a um consórcio de empresas, está fazendo surgir uma legião de opositores à iniciativa. Muitos deles da terceira idade e que sempre votaram em Cabral. Eles aproveitaram o feriado de 1 de maio para realizar uma manifestação e apresentar um abaixo-assinado diante do estádio. Eles protestaram contra a ideia de demolição do parque aquático, onde há quase duas décadas são realizadas aulas gratuitas de hidroginástica frequentadas por aposentados e pessoas com problemas de coordenação motora, boa parte residente na Tijuca e nos bairros adjacentes.
O consórcio ficará responsável pelas obras de modernização do "maior do mundo" e demolição do parque aquático e do Estádio de Atletismo Célio de Barros, que darão lugar a um complexo de lojas e restaurantes, além de um mega estacionamento subterrâneo. As obras visam a atender às exigências impostas pelo comitê organizador da Copa do Mundo de 2014, a ser disputada no Brasil.
Solidariedade
A você trabalhador que está, temporariamente, fora do mercado de trabalho, a minha solidariedade e torcida para que em breve seja realocado.
Supremo sepulta Lei de Imprensa
Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) revogou nesta quinta-feira (30/04) a Lei 5.250, de 1967, conhecida como Lei de Imprensa, editada durante a ditadura militar. Sete dos 11 ministros defenderam a derrubada completa da lei. Três votaram pela revogação parcial, com a manutenção de alguns artigos. Apenas o ministro Marco Aurelio Mello votou pela manutenção do dispositivo. No entendimento da maioria dos ministros do Tribunal, a Lei de Imprensa é incompatível com princípios fundamentais definidos pela Constituição Federal de 1988.
“Há uma repulsa constitucional a qualquer tipo de repressão das liberdades de expressão. O regime [constitucional] privilegia o quadro em que se desenvolvem as liberdades do pensamento. E a liberdade de expressão representa uma projeção significativa do direito de manifestar sem qualquer intervenção estatal os seus pensamentos, as suas ideias”, argumentou o ministro Celso de Mello ao votar pela derrubada da lei.
Com a revogação da lei, na prática considerada inconstitucional pelo STF, juízes de todo o país não poderão tomar decisões baseadas no texto de 1967. O julgamento de jornalistas deverá ser feito com base nos Códigos Penal e Civil. Fica extinta, por exemplo, a previsão legal de prisão especial para jornalistas.
Os ministros Carlos Ayres Britto, Eros Grau, Carlos Alberto Menezes Direito, Cármem Lúcia, Ricardo Lewandovski, Cesar Peluzo também votaram pela revogação total da lei. Joaquim Barbosa e Ellen Gracie defenderam a revogação parcial, com manutenção da validade de artigos que tratam de calúnia, injúria e difamação, controle sobre propaganda de guerra, perturbação da ordem social e atentados à moral e aos bons costumes.
O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, fez ressalvas à extinção do direito de resposta, previsto e detalhado pela lei de 1967 e votou pela manutenção dos trechos da legislação que tratam desse mecanismo. Ele argumentou que a relação entre imprensa e cidadão é desequilibrada e que, sem o direito de resposta, os indivíduos estariam mais desprotegidos em relação aos possíveis abusos da mídia.
“A desigualdade entre a mídia e o indivíduo é patente, a desigualdade de armas. O direito de resposta é constituído como garantia fundamental, numa tentativa de estabelecer um mínimo de igualdade de armas (entre cidadão e imprensa)”, disse.
Mendes relembrou o caso da Escola Base, em 1994, quando a imprensa divulgou notícias que acusavam diretores de uma escola paulistana de abuso sexual contra crianças. Posteriormente, a Justiça não comprovou qualquer envolvimento dos então acusados pelos jornais.
Também deixam de valer, a partir de agora, mecanismos previstos pela Lei de Imprensa que só se justificavam durante a ditadura militar, como a apreensão de jornais que veicularem informações que atentem contra a “ordem social, a moral e os bons costumes”, e outros como a censura a espetáculos e diversões públicas e proibição de divulgação de fatos considerados “segredos de Estado”.
Em relação ao direito de resposta, previsto e detalhado na Lei de Imprensa, a decisão de agora em diante dependerá da avaliação dos juízes em cada caso, com base na Constituição Federal.
As informações são da Agência Brasil
“Há uma repulsa constitucional a qualquer tipo de repressão das liberdades de expressão. O regime [constitucional] privilegia o quadro em que se desenvolvem as liberdades do pensamento. E a liberdade de expressão representa uma projeção significativa do direito de manifestar sem qualquer intervenção estatal os seus pensamentos, as suas ideias”, argumentou o ministro Celso de Mello ao votar pela derrubada da lei.
Com a revogação da lei, na prática considerada inconstitucional pelo STF, juízes de todo o país não poderão tomar decisões baseadas no texto de 1967. O julgamento de jornalistas deverá ser feito com base nos Códigos Penal e Civil. Fica extinta, por exemplo, a previsão legal de prisão especial para jornalistas.
Os ministros Carlos Ayres Britto, Eros Grau, Carlos Alberto Menezes Direito, Cármem Lúcia, Ricardo Lewandovski, Cesar Peluzo também votaram pela revogação total da lei. Joaquim Barbosa e Ellen Gracie defenderam a revogação parcial, com manutenção da validade de artigos que tratam de calúnia, injúria e difamação, controle sobre propaganda de guerra, perturbação da ordem social e atentados à moral e aos bons costumes.
O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, fez ressalvas à extinção do direito de resposta, previsto e detalhado pela lei de 1967 e votou pela manutenção dos trechos da legislação que tratam desse mecanismo. Ele argumentou que a relação entre imprensa e cidadão é desequilibrada e que, sem o direito de resposta, os indivíduos estariam mais desprotegidos em relação aos possíveis abusos da mídia.
“A desigualdade entre a mídia e o indivíduo é patente, a desigualdade de armas. O direito de resposta é constituído como garantia fundamental, numa tentativa de estabelecer um mínimo de igualdade de armas (entre cidadão e imprensa)”, disse.
Mendes relembrou o caso da Escola Base, em 1994, quando a imprensa divulgou notícias que acusavam diretores de uma escola paulistana de abuso sexual contra crianças. Posteriormente, a Justiça não comprovou qualquer envolvimento dos então acusados pelos jornais.
Também deixam de valer, a partir de agora, mecanismos previstos pela Lei de Imprensa que só se justificavam durante a ditadura militar, como a apreensão de jornais que veicularem informações que atentem contra a “ordem social, a moral e os bons costumes”, e outros como a censura a espetáculos e diversões públicas e proibição de divulgação de fatos considerados “segredos de Estado”.
Em relação ao direito de resposta, previsto e detalhado na Lei de Imprensa, a decisão de agora em diante dependerá da avaliação dos juízes em cada caso, com base na Constituição Federal.
As informações são da Agência Brasil
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