Os puristas vão se apressar em dizer que a polêmica, o disse-me-disse, fazem parte da cultura do futebol e que ajudam a fincá-lo no coração dos apaixonados pelo esporte. O lance, no minuto final do jogo de estreia da Seleção Brasileira contra o Egito, pela Copa das Confederações, na África do Sul, é uma oportunidade singular para fazer com que o debate sobre a questão do emprego da tecnologia durante as partidas de futebol fique ainda mais acalorado. Exemplos do uso da tecnologia como ferramenta para dissipar dúvidas já ocorrem no turfe, no basquete americano, na natação, no atletismo.
Quis o destino que a equipe pentacampeã do mundo, aquela que reúne um elenco de estrelas milionárias, fosse a protagonista da discussão: a pergunta em questão é se o árbitro britânico fora ou não avisado pelo ponto eletrônico de que o atleta egípcio impedira com o braço direito aquilo que seria o gol da vitória do Brasil, no minuto final da partida.
No dia seguinte, a FIFA ignorou os protestos das equipe africana, garantindo que o árbitro fora avisado por um dos seus assistentes - na minha época chamava-se bandeirinha.
Ora bolas! Chega de hipocrisia! Que o juiz fora avisado do pênalti pelo ponto eletrônico não resta dúvidas. O que causa espécie é por que a FIFA, em que pese já ter se manifestado contra o uso do aparelhinho providencial, não impede os juízes de usá-lo.
Apesar da pífia atuação do Brasil no segundo tempo da partida, a equipe acabou sendo beneficiada pela tecnologia, saindo de campo vitoriosa, apesar do desempenho heroico da equipe egípcia na etapa final.
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