Qual o valor da vida humana? Qualquer um com o mínimo de consciência se apressaria em responder que a vida humana não tem preço. Infelizmente, para algumas pessoas a vida humana não passa de um mísero centavo, ou melhor, ela simplesmente não tem valor algum. Somente assim para explicar, com o mínimo de racionalidade, os dois episódios ocorridos esta semana no Rio, que servem como ícones do desprezo e da indiferença pela vida humana. O primeiro caso envolveu um cozinheiro, morto a tiros por um outro passageiro inconformado com o fato de o cozinheiro ter se recusado a fechar a janela do ônibus que o levaria até o trabalho.
O segundo episódio, por ironia do destino, se deu no bairro batizado como "Cidade de Deus", uma região pobre encravada entre Jacarepaguá e a emergente Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Inconformados com a prisão de um comparsa, traficantes atearam fogo a um ônibus, ignorando a presença de cerca de 20 passageiros, a maioria trabalhadores e estudantes que retornavam para suas casas. A insanidade de um grupelho resultou em ferimentos em 13 pessoas, cinco delas internadas com queimaduras graves pelo corpo.
A vida humana para essas pesssoas, responsáveis diretas por infligir dor e sofrimento a tercerios, não tem significado algum. Difícil é entender por que isso acontece em pleno século 21 para tentar explicar de forma a minimizar a dor das famílias das vítimas.
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2 comentários:
O fato de abrirmos os olhos todas as manhãs, deveria ser um ato de agradecimento, de felicidade e esperança. Mas infelizmente em nossos dias está se tornando uma espécie de maratona, contra a violência, contra o desamor, e contra a generosidade.
Onde estão os princípios básicos de amor?
Esquecidos, pela corrida ao encontro di dinheiro.
A violência urbana, se estende e a se arrasta e cresce em proporções geométricas a cada minuto, dia e hora.
Só nos resta entregar nossos dias, ao senhor supremo : DEUS
Leine Labarthe
Não é preciso recorrer ao noticiário do crime para saber que a vida humana pouco vale. Basta ver o desrespeito, o oportunismo, a arrogância e o desprezo com que as pessoas se tratam no dia a dia
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