01 setembro 2025

O preço que Tarcísio de Freitas terá de pagar para concorrer à Presidência

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sabe que só terá a benção de Bolsonaro para representar a direita na eleição presidencial do ano que vem, caso se lance de corpo e alma na defesa da anistia para o ex-presidente. O governador paulista avalia o custo de lutar publicamente para que o Congresso vote, ainda este ano, o tão sonhado projeto de anistia que favoreça Bolsonaro, que luta desesperadamente contra o seu cancelamento político definitivo caso venha a ser condenado por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada, dois dos crimes mais gravosos a que responde após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República. A missão de Freitas é espinhosa. Lutar publicamente pela votação do projeto que perdoa os golpistas do país tem um custo político elevado: botar a cara a tapa, se expor publicamente, colocando-se contra o Estado Democrático de Direito e contra o Judiciário. A mais recente pesquisa do DataFolha, divulgada no início de agosto, aponta que 52% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro tentou permanecer no poder através de um golpe de Estado após as eleições de 2022, enquanto 39% discordam e 9% preferiram não opinar. A mesma sondagem identificou que 52% dos entrevistados defendem a prisão do ex-mandatário, frente a 42% que se disseram contrários e 7% que não souberam responder.

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