15 fevereiro 2007

Bom senso

Difícil imaginar como razoável a postura das entidades internacionais que comandam o futebol diante do que se viu ontem em Potosí, na Bolívia. O que se viu foi desumano. O Flamengo, que disputa a fase de grupos da Copa Libertadores, arrancou um empate contra a equipe local. O jogo foi uma disputa contra dois adversários: o Real Potosí e o ar rarefeito. A cidade de Potosí, que fica a quase 4 mil metros de altitude, não oferece a menor condição para a prática não somente do futebol, mas de qualquer atividade esportiva. Melhor fez a Federação Internacional de Tênis, que decidiu proibir a realização de qualquer competição do esporte em cidades de altitude elevada. Os jogadores do Flamengo caíam em campo durante o segundo tempo por absoluta incapacidade de respirar. Não há preparação ou treinamento capazes de fazer com que um ser humano, habituado a viver ao nível do mar, consiga superar os efeitos, tais como náuseas, sangramento, tonteiras, causados pela falta de oxigênio. A FIFA e a Confederação Sulamericana de Futebol deveriam rever suas posições não somente pelo bem do futebol, mas por uma questão de bom senso.

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