
Não precisa ser nenhum expert em assuntos ligados à indústria petrolífera para saber que no litoral do Rio de Janeiro existem as bacias mais abundantes em petróleo do nosso país. O Rio é de fato uma terra abençoada. Se não bastasse sua beleza natural, o litoral Norte do estado abriga ricas porções do óleo, o que assegura aos cofres fluminenses uma injeção expressiva de recursos derivados dos royalties do petróleo.
Eis que agora retorna ao cenário nacional a discussão sobre a concessão dos cobiçados royalties. A senadora por Santa Catarina, Ideli Salvatti, líder do PT no Senado, apresentou em junho um projeto de lei que simplesmente dá outra forma à divisão geográfica, critério determinante para fixar o percentual que cada estado da Federação tem a receber.
Seguindo o raciocínio da senadora catarinense, o Rio perderia para São Paulo e, pasmem, para o estado de Santa Catarina, uma boa fatia desses recursos oriundos da extração e refino do petróleo. Nada contra Santa Catarina, muito pelo contrário.
Mas de santa, a senadora petista já mostrou que não tem nada. Invocar o direito de receber os royalties por conta do tamanho do litoral catarinense chega a ser ultrajante. Maradona não era o que se pode dizer um atleta de estatura privilegiada, mas nem por isso deixa de ostentar o título de um dos maiores gênios do futebol mundial.
Nossos representantes no Congresso têm que assumir uma postura firme e contrária ao projeto que pilha as finanças do estado. A bancada do Rio não pode se eximir, sob pena de ficar marcada na história por sua inércia ante a mais esta violência contra o povo do Rio de Janeiro.


