26 março 2009

As armas não caem do céu

Existe uma grande semelhança entre as fronteiras do Brasil com o Paraguai e a do Estados Unidos com o México: o fluxo de armas que alimenta o mercado negro bélico em poder dos traficantes. Só que nos Estados Unidos, o sentido é inverso. É invejável a liquidez dos comerciantes de armas americanos estabelecidos na cidade texana de El Paso. Na contramão da crise financeira mundial, eles faturam altas cifras com o armamento vendido aos narcotraficantes mexicanos que insistem em fazer do país latino a meca da droga consumida pela sociedade americana.

Por aqui, em razão da precariedade do sistema de vigilância existente na divisa entre o Brasil e o Paraguai, as armas que vêm da Ásia e do Leste Europeu, de navio, via Ciudad del Leste, ingressam no Brasil sem enfrentar maiores problemas, fazendo da Rodovia Presidente Dutra a "a via da bala".

Ou alguém acha que o armamento apreendido diariamente pela polícia em poder dos esquálidos traficantes no morros do Rio cai do céu?

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