07 junho 2009

Tudo igual na tragédia

As operações de busca aos destroços do voo 447 da Air France revelaram um fato incomum: democratizaram a cobertura jornalística sobre o acidente. Tudo imposto pela distância do cenário onde as operações são realizadas, em alto mar, a milhares de quilômetros do continente. A distância do litoral brasileiro, que impede que aeronaves não militares sobrevoem o local sem terem que abastecer, acabou impedindo que os grandes grupos de comunicação montassem um forte aparato para a cobertura.

A TV Globo, que costuma não economizar recursos e pessoal durante a cobertura de grandes eventos (carnaval, eleições), está levando ao ar rigorosamente a mesma informação mostrada pelas emissoras de tv concorrentes. Todos os profissionais de comunicação ficam baseados ou no Recife, para onde serão levados os corpos das vítimas, ou no arquipélago de Fernando de Noronha, aguardando as informações passadas pelos militares envolvidos nas buscas.

O telespectador em casa, pode comparar o nível da informação que tem recebido e fazer a sua escolha. Após o término das buscas, as Organizações Globo certamente deverão reassumir a liderança, mobilizando seus correspondentes espalhados pela Europa, onde as investigações sobre o acidente aereo ficarão concentradas, em busca das informações privilegiadas que possam explicar a tragédia.

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