23 setembro 2025
Lula fala na ONU e manda duro recado a Donald Trump: “Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”
O presidente Lula aproveitou o seu discurso durante a cerimônia de abertura da Assembleia Geral da ONU para condenar com veemência o que classificou como sanções arbitrárias praticadas pelos Estados Unidos contra o Brasil. O mandatário brasileiro elevou o tom e, sem mencionar o nome do presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu quanto aos riscos causados à liberdade por governos comandados por autocratas. “Os atentados à democracias e à soberania estão se tornando regra”, afirmou, observando que o autoritarismo vem se fortalecendo ao redor do mundo.
Lula destacou o sentimento existente nos dias de hoje de culto à violência e a exaltação à ignorância e repudiou os ataques dirigidos às autoridades do Judiciário. “O Brasil tem sofrido um ataque sem precedentes. O Brasil optou por resistir”, garantiu, classificando as sanções contra membros do Poder Judiciário como inaceitáveis. “As medidas arbitrárias tomadas contra o Brasil foram estimuladas por falsos patriotas”, declarou opresidente, que reafirmou ser contra qualquer iniciativa que vise a conceder anistia àqueles que se insurgiram contra o Estado Democrático de Direito. “Não há pacificação com impunidade”, sentenciou.
Lula lembrou a condenação de 27 anos de prisão imposta pelo STF ao ex-presidente Jair Bolsonaro, no dia 11 de setembro. Destacou, sem mencionar o nome de Bolsonaro, que durante os 525 anos de história do Brasil, esta foi a primeira vez que um chefe de Estado brasileiro foi responsabilizado criminalmente por atentar contra o Estado Democrático de Direito.
Ele aproveitou para reverenciar o Papa Francisco e o ex-presidente uruguaio, Jose Pepe Mujica, que morreram recentemente e cujas biografias foram marcadas pela luta em defesa dos mais necessitados. O presidente reservou ainda um trecho do seu discurso para condenar os ataques de Israel contra os palestinos, na Faixa de Gaza, e repudiou a invasão do território israelense pelos terroristas do Hamas, em outubro de 2023.
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