07 setembro 2025

Ministros do STF sucumbem aos radicais ao não participarem do desfile militar

Não é exagero afirmar que o julgamento da trama golpista, em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual o ex-presidente, Jair Bolsonaro, é julgado, é a ação penal mais sensível sobre a qual os ministros se dedicam a avaliar. Somente isso explica a ausência dos magistrados no desfile militar, em Brasília, neste domingo (7), por ocasião da passagem do feriado do Dia da Independência. Nenhum ministro da corte deu o ar da graça na cerimônia presidida pelo presidente Lula. Explica-se: talvez por não quererem agravar o ambiente político, polarizado, os magistrados imaginaram que as suas presenças na parada militar, na Esplanada dos Ministérios, poderiam escalar as críticas e ataques dirigidos pelos apoiadores do ex-presidente. Sendo assim, optaram por declinar do convite feito pelo Palácio do Planalto. Uma pena. Suas presenças seriam importantes sobretudo num momento em que o país e as instituições estão sob ataque interno e externo. A harmonia entre os poderes é uma imagem significativa e um ativo importante no momento em que o país atravessa, marcado por extremismos, incertezas e polarização exarcebada. O desfile militar de 7 de Setembro sempre contou com as presenças de autoridades civis e militares e representantes dos Três Poderes. É assim no país inteiro, de Norte a Sul. Trata-se de uma solenidade institucional, protocolar, acima de tudo uma celebração que sempre ocorreu. Uma pena que os ministros da mais alta corte do país entenderam diferente.

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