28 dezembro 2006

Cadeia: faltam vagas e bom senso

A Justiça paulista autorizou o chefão do PCC paulista Marcos Wilians Camacho, o Marcola, a se casar na prisão com a estudante de direito Cynthia da Silva, de 29 anos. Como é sabido, Marcola foi o mentor da onda de terror imposta à população paulista em agosto passado, e que resultou na morte de diversas pessoas, entre civis e policiais. Enquanto isso no Rio de Janeiro, o trabalhador carioca, aquele que por necessidade é obrigado a voltar do trabalho altas horas da madrugada de ônibus, sofre com os ataques aleatórios promovidos na madrugada, segundo especula-se, por ordem do traficante Márcio Nepopuceno, o Marcinho VP. Pergunta que não quer se calar: preso tem direito a se casar na prisão, tem; preso tem direito a ter visitas íntimas na cadeia, tem. Esse Marcola, cuja fama se espraiou pelo país afora pela violência com que controla seus asseclas, não poderia jamais ter direito a qualquer tipo de benefício da Justiça. O mesmo se aplica a esse tal de Marcinho VP, cuja fama de violento é antiga. Cadeias foram criadas para punir e, ao mesmo tempo, ressocializar o interno. Porém, existem casos em que somente o primeiro objetivo é possível. O resto é ladainha, hipocrisia de quem nunca experimentou a violência extrema perpetrada pelos Marcolas e Marcinhos da vida. Ao invés de permitir o casamento de Marcola, a Justiça deveria era lutar para promover sempre a união entre a justiça e o bom senso.

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