O que é uma bala perdida? Na noite desta quinta-feira, minha casa, símbolo daquilo que eu considerava como local seguro, protegido, fora atingida por uma bala perdida. Não a guloseima de criança, mas um projétil de guerra, calibre 223 ou 556, que certamente partira de um fuzil americano Colt (AR 15) empunhado por alguém, do alto de um dos morros que circundam o bairro da Tijuca. Por ironia, o projétil se instalou, após varar o vidro da porta de alumínio que separa a varanda da sala onde costumo fazer as refeições com meus filhos, junto à árvore de Natal que ainda se encontra montada. Para ser mais exato: o pedaço de chumbo retorcido que por pouco não muda os rumos de minha vida teve sua trajetória interrompida no interior da embalagem do presente de Natal ganho por minha mulher. Afora os danos materiais, ninguém se feriu, ao contrário das pessoas que, infelizmente, morreram ou saíram gravemente feridas durante a onda de atentados insanos ocorridos no Rio na madrugada anterior. Graças a Deus, o fato de ninguém ter se machucado em minha casa foi o verdadeiro e mais valioso presente ganho por toda a família neste Natal.
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