15 novembro 2006

Funk: quebrando a corrente

A música, assim como o futebol, tem se revelado ao longo dos anos um atalho perfeito para a ascensão social meteórica e a musculatura da conta corrente de alguns poucos privilegiados. Sem o dom que Deus lhe deu, essas pessoas certamente estariam vivendo à margem da sociedade, enfrentando os preconceitos e dificuldades comuns a todos aqueles que integram as camadas mais baixas do chamado extrato social. A funkeira Tati Quebra-Barraco é um clássico exemplo disso. Com sua música, queiram ou não, ela atraiu para si os holofotes da fama repentina e, conseqüentemente, a popularidade que lhe sustenta nos dias de hoje. Nada mais justo. Entretanto, a cantora perde uma boa oportunidade de frear o preconceito contra si e contra sua música, ao atacar de forma gratuita a Polícia Militar, uma instituição secular. Ao se referir aos policiais que a detiveram por dirigir sem habilitação de forma preconceituosa, a funkeira incorreu no mesmo erro do qual seguramente já foi vítima.

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