31 março 2009

45 anos da "Redentora"

Há 45 anos, o Brasil experimentava o início de um dos capítulos mais negros de sua história recente: no dia 31 de março de 1964, instaurava-se no país, por força das baionetas, o famigerado golpe militar de 1964. Após a deposição do então presidente João Goulart, o Jango, deu-se início a ditadura militar, que perdurou até meados da década de 80 sob o pretexto de impedir o avanço do comunismo no país. O regime de exceção que se instalou nos anos seguintes calou a imprensa, sufocou artistas e intelectuais, além de instituir a tortura nos porões das unidades policiais e militares. Tudo sob a justificativa de defender o Estado daqueles que os militares julgavam como "inimigos do governo". O resto da história, recheada de excessos e desatinos cometidos por ambos os lados, todo mundo conhece.

30 março 2009

O Brasil se omite

Merece atenção o editorial publicado pelo jornal Folha de S. Paulo na sua edição de hoje (30). Aborda a questão da posição de indiferença adotada pelo governo brasileiro ante a escândalos de violação de direitos humanos registrados pelo mundo afora. Sem dúvida uma crítica oportuna.

Eis o texto

"O diretor de uma indústria foi flagrado pelas autoridades cometendo um crime considerado gravíssimo: fizera telefonemas internacionais. Foi fuzilado num estádio, diante de 150 mil pessoas. O fato se deu na Coreia do Norte, sob um dos regimes mais tirânicos do planeta. Além do aparato repressivo clássico -que inclui campos de concentração e tortura de presos políticos-, o regime de Kim Jong-il apresenta particularidades especialmente odiosas.

Constituiu, por exemplo, um sistema nacional de prostituição forçada, intitulado "gippeumjo", ou "brigadas do prazer": congregam jovens encarregadas de prestar serviços sexuais às autoridades. As demais mulheres, enquanto isso, são proibidas de usar calça comprida.

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou na semana passada uma resolução condenando o regime de Kim Jong-il. O Brasil se absteve de dar seu voto.
No Sudão, com o beneplácito de um ditador já condenado internacionalmente, 300 mil pessoas já morreram em conflitos na região de Darfur, e a vida de 2 milhões de refugiados está por um fio. O Brasil não condena o regime sudanês.
Mais de 90 países já assinaram uma resolução da ONU banindo as chamadas bombas de fragmentação. Trata-se de artefatos capazes de espalhar pelo território atingido até 2.000 bombas menores, que terminam funcionando como minas terrestres. Também neste assunto, o Brasil se omite.

Não será cortejando ditadores e facínoras que o Brasil assumirá o papel de liderança mundial a que o governo Lula diz aspirar. Omitindo-se em questões como essa, o tão celebrado "pragmatismo" do Itamaraty nada mais significa do que um acinte às tradições pacíficas do país e um motivo de vergonha para todos os seus cidadãos."

Privilégio

Leio sem supresa em O Globo que os militares, após o término da ditadura, monitoraram 100 pessoas, entre elas, o professor e antropólogo Darci Ribeiro, durante o primeiro governo Brizola, por entender que elas representavam um "perigo maior", em razão de pertencerem a partidos ou entidades historicamente contrárias às Forças Armadas.

Sem dúvida foram os militares os maiores privilegiados, aqueles que mais se beneficiaram desse relacionamento. Devem ter sido, por exemplo, os primeiros a conhecer em detalhes o raciocínio, os argumentos de Darcy sobre a necessidade de o Estado se esforçar para implantar um modelo de ensino público para as crianças de qualidade, capaz de mantê-las no ambiente escolar em tempo integral, com direito a uma alimentação rica, balanceada e realizando ainda atividades físicas, culturais e lúdicas.

28 março 2009

Alerta

Balas que fizeram com que 17 crianças e adolescentes de uma escola municipal de Santo Antônio de Posse (138 km de SP) passassem mal esta semana continham cocaína, apontou o laudo divulgado pelo Centro de Controle de Intoxicações da Unicamp. Os adolescentes, com idades de 11 a 15 anos, foram levados para o hospital apresentando sintomas de dores abdominais, ânsia de vômito e dores de cabeça. Das sete balas levadas por um aluno à escola, em três delas foram identificados traços que apontam para a presença da substância entorpecente.

A constatação da droga misturada às guloseimas derruba a crença, segundo a qual, a ameaça não passava de folclore surgido na porta das escolas, sob o argumento de que os traficantes não se dariam ao trabalho por terem maneiras menos sofisticadas de fazer dinheiro.

Como diria o jornalista Ancelmo Gois, "meus Deus!".

Melhor impossível

O advogado e ex-ministro da Justiça do presidente Lula, Márcio Thomaz Bastos, foi contratado pela empreiteira Camargo Corrêa para defender duas secretárias e quatro diretores da empresa, presos esta semana em meio a "Operação Castelo de Areia", da Polícia Federal.

Considerando as acusações de que a empreiteira burlou o sistema financeiro enviando dinheiro para o exterior e patrocinou doações de campanha "por dentro e por fora" de alguns partidos políticos - excetuando-se o PT, é claro - , impossível imaginar advogado melhor.

Em tempo: Thomaz Bastos antecedeu o ministro Tarso Genro no comando da pasta.

27 março 2009

Nariz de palhaço



Diante dos escândalos com o dinheiro público no Senado, ante ao anúncio feito pelo governo do presidente Lula de que construirá em um ano 1 milhão - por que não durante os seis anos que passaram - de casas populares até 2010, só posso lembrar que hoje (27) é comemorado o dia do circo. Já pegou o seu nariz de palhaço?

26 março 2009

Blue eyes

O presidente Lula disse nesta quinta-feira (26) que a crise financeira mundial é de responsabilidade dos países ricos. Lula atribuiu o colapso na economia pelo mundo afora às pessoas "brancas de olhos azuis". "A crise foi causada por comportamentos de gente branca de olhos azuis", afirmou o presidente, tendo ao seu lado o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, um autêntico inglês, de pele clara e olhos azuis.

As armas não caem do céu

Existe uma grande semelhança entre as fronteiras do Brasil com o Paraguai e a do Estados Unidos com o México: o fluxo de armas que alimenta o mercado negro bélico em poder dos traficantes. Só que nos Estados Unidos, o sentido é inverso. É invejável a liquidez dos comerciantes de armas americanos estabelecidos na cidade texana de El Paso. Na contramão da crise financeira mundial, eles faturam altas cifras com o armamento vendido aos narcotraficantes mexicanos que insistem em fazer do país latino a meca da droga consumida pela sociedade americana.

Por aqui, em razão da precariedade do sistema de vigilância existente na divisa entre o Brasil e o Paraguai, as armas que vêm da Ásia e do Leste Europeu, de navio, via Ciudad del Leste, ingressam no Brasil sem enfrentar maiores problemas, fazendo da Rodovia Presidente Dutra a "a via da bala".

Ou alguém acha que o armamento apreendido diariamente pela polícia em poder dos esquálidos traficantes no morros do Rio cai do céu?

25 março 2009

O Metrô está me matando


Você sabe que tipo de ar você respira quando está numa estação do Metrô do Rio? O ar que circula, ou melhor, que não circula pelas estações tanto da Lina 1 como da Linha 2 do Metrô do Rio, está impregnado de abesto e amianto, substâncias cancerígenas, extremamente nocivas ao organismo do ser humano.

E o pior. Desde 2008 existe uma lei estadual aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governo do estado, que vem sendo solenemente ignorada pelas autoridades. O governador Sérgio Cabral não exerce sua autoridade de fato e de direito, pressionando a AGETRANSP - Agência Regularadora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro - para que fiscalize e puna os diretores da companhia.

As substâncias tóxicas são liberadas e ficam suspensas no ar das estações devido à frenagem dos trens. Cada vez que a composição se vê obrigada a frear, o atrito das pastilhas de freio nos trilhos libera as partículas de amianto e de abesto.

O mais grave de tudo: por uma questão de economia, o Metrô do Rio simplesmente desativou o sistema de circulação e de exaustão de ar das plataformas, optando pelos ventiladores imensos, afixados nas estações - que ficam expostos para os passageiros - , mas que são incapazes de realizar a renovação do ar. Os dutos que vemos nas ruas junto às estações se encontram hoje desativados, muito embora tenham sido construídos com a finalidade de renovar o ar das estações, expelindo o ar "viciado" para a atmosfera.

Este blogueiro utiliza o Metrô duas vezes por dia, dez vezes na semana e pelo menos 20 vezes ao mês.


Texto extraído do site do Metrô do Rio



"O Metrô Rio presta à população do Rio de Janeiro um serviço de transporte com qualidade, garantindo, com isso, uma imagem de respeito, além de conquistar valores fundamentais para a construção de um mundo melhor."

Uma tonelada e nada é nada mesmo

A polícia apreendeu uma tonelada de maconha esta manhã na favela da Rocinha, seguramente a mais rentável da Zona Sul. Alguém faz idéia do isso representa para os traficantes?

Nada.

A erva não sumirá das bocas-de-fumo, e muito menos o s usuários se verão desestimulados a subir o morro por achar que a mercadoria estará em falta. Quando muito, poderá sofrer um pequeno reajuste no seu preço final, o que, em razão da força da concorrência, não creio que ocorra.

Mas de toda forma, a polícia fez o seu papel, tirando a droga de circulação.

Nem com Lula Cabral decola

O Salão Verde do Palácio Guanabara - sede do Executivo fluminense - deve estar pálido com o pífio desempenho do governador Sérgio Cabral (PMDB) namais recente pesquisa de opnião realizada pelo DataFolha. Apesar do bom entendimento que faz questão de demonstrar com o presidente Lula, Cabral patina na hora de ver avaliada a sua administração - que entrou no terceiro ano. Lula, ao contrário do governador peemedebista, continua desfrutando de altos índices de popularidade, apesar de se ver obrigado a fazer cortes profundos no orçamento por causa da crise financeira mundial.

O governador do Rio de Janeiro ocupa 9ª posição, numa lista de dez, no ranking de governadores avaliados pelo DataFolha. O "tucano" Aécio Neves (MG), que disputa com o colega de partido José Serra (SP), o direito de se lançar candidato no ano que vem à sucessão do presidente Lula, figura em 1º lugar na lista de governadores avaliados pelo DataFolha. Como nem tudo é perfeito no ninho tucano, a governadora gaúcha Yeda Crusius(RS) ocupa a lanterna na consulta realizada pelo instituto de pesquisa paulista.

Eis a lista

1º) Aécio Neves (PSDB/MG)

2º) Eduardo Campos (PSB/PE)

3º) Cid Gomes (PSB/CE)

4º) Roberto Requião (PMDB/PR)

5º) José Serra (PSDB/SP)

6º) José Roberto Arruda (DEM/DF)

7º) Jaques Wagner (PT/BA)

8º) Luis Henrique Silveira (PMDB/SC)

9º) Sérgio Cabral (PMDB/RJ)

10ª)Ieda Crusius (PSDB/RS)



Catia Seabra - Folha de S. Paulo

Em seu segundo mandato à frente do governo de Minas, o tucano Aécio Neves mantém se na liderança do ranking de avaliação dos governadores elaborada pelo instituto Datafolha. Aécio -que, no PSDB, disputa com o governador de São Paulo, José Serra, o direito de concorrer à Presidência em 2010- tem nota 7,6 numa escala de zero a dez. Hoje líder na corrida pela Presidência, Serra obteve média 6,6 na pesquisa, realizada entre os dias 16 e 19 de março.

E, apesar de um aumento do índice de aprovação de seu governo -de 49% para 54%-, Serra caiu dois degraus em comparação ao ranking elaborado em novembro de 2007. Há um ano e quatro meses, Serra era o terceiro colocado, com nota 6,5. Hoje, ocupa a quinta colocação. Assim como Serra, o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), tem nota média de 6,6. Requião, no entanto, ganha no índice de popularidade, adotado como critério de desempate. Para cálculo do índice de popularidade, criado pelo Datafolha, subtrai-se a avaliação negativa (ruim e péssimo) da positiva (ótimo e bom).O resultado é Somado a 100. Como o índice de popularidade de Requião é de 143, um ponto à frente de Serra (142), o peemedebista está em quarto lugar na classificação. Em novembro de 2007, era o quinto.

Além disso, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) saltou de quarto para o segundo lugar.De 2007 para cá, a nota de Campos passou de 6,4 para 7,0. A taxa de aprovação subiu de 40% para 56%. Antes em segundo lugar -com média 6,6- o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), é agora o terceiro, com nota 6,9. Não é a única novidade no ranking, que inclui os nove maiores Estados do país e o Distrito Federal. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), passou da nona colocação em 2007 para o sexto lugar de hoje. Em 16 meses, a taxa de aprovação de seu governo passou de 38% para 59%. Embora o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), permaneça em sétimo lugar, a pesquisa registra crescimento da taxa de aprovação de seu governo: de 30% para 44%.

Os peemedebistas Luiz Henrique Silveira (SC) e Sérgio Cabral Filho (RJ) sofreram queda. Antes na sexta colocação, o governador de Santa Catarina está em oitavo no ranking. Principal aliado do PT no Sudeste, Sérgio Cabral está em nono. A tucana Yeda Crusius ainda amarga a última colocação. Tucanato Apesar da confortável liderança -e um índice de aprovação de 77%- Aécio teria hoje dificuldades de eleger um sucessor. Segundo o Datafolha, o vice-governador e potencial candidato do PSDB em Minas, Antonio Anastasia, tem 5% das intenções de voto e está em terceiro lugar. Até a divulgação do último Datafolha, a popularidade de Aécio em Minas era encarada como ameaça para os defensores da candidatura Serra. Aliados de Serra temiam que sua candidatura fosse objeto de boicote em Minas. Os números do Datafolha -segundo os quais, sem Aécio, Serra tem 40% em Minas - Tranquilizaram serristas.

Preocupados com o desempenho de Yeda, os serristas comemoram o cenário do Rio, onde a oposição ameaçaria eventual candidatura de Sérgio Cabral à reeleição. Líder na Bahia, Wagner ofereceria sólido palanque para a potencial candidata do PT, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Mantida a aliança com o PSB, ela contaria com suporte Em Pernambuco e no Ceará. O Datafolha ouviu 10.664 eleitores nos nove Estados e DF. A margem de erros é de dois pontos, para mais e para menos, em São Paulo, três pontos nos demais Estados e quatro pontos no Distrito Federal.

20 março 2009

Não conheci, mas devia ser gente boa



Esta eu recebi, por e-mail, do Ricardo Carius, amigo, advogado tricolor, eufórico que está com a chegada do Fred.

A crise financeira passa ao largo de Tianguá


A crise financeira mundial que derruba gigantes da economia não passa pelo Ceará, pelo menos no município de Tianguá. Aos 23 anos de idade, Natália Felix Frota (PMDB), foi eleita em outubro do ano passado prefeita de Tianguá, município de pouco mais de 67 mil habitantes, de acordo com o senso 2008 do IBGE, distante 310 quilômetros de Fortaleza e que ocupa uma área de 908,893 km².

Apesar de sua pouca idade, Natália está prestes a ter o seu salário vitaminado, levando-a a receber a maior remuneração entre os chefes do Executivo municipal, com um salário que supera até o do presidente Lula. Isso, evidentementem, caso a Câmara Municipal local aprove o projeto de lei do Executivo, reajustando o salário da prefeita de R$ 12 mil para R$ 15.849.

Tamamanha preocupação da alcaidessa com o seu orçamento doméstico faz sentido. Natália está em vias de mudar de estado civil. Ela é noiva do ex-prefeito da cidade que, por absoluta coincidência, a antecedeu no cargo.

19 março 2009

Baile das armas de guerra

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, deveria ter uma atitude de altruísmo e pedir para sair, a exemplo do que fez seu colega paulista, Ronaldo Marzagão, que pediu exoneração do cargo de secretário de Segurança de São Paulo após o escândalo que denunciou a venda de promoções de delegados no topo da pirâmide de poder da Polícia Civil paulista.

Beltrame, ao assistir às imagens de traficantes do Morro do Alemão presentes a um baile funk realizado na comunidade exibindo armas de guerra (fuzis FAl, AK-47 e AR-15, afirmou que necessitaria de "entre 700 e 800 homens para entrar na favela", a fim de combater os criminosos e desarmar o tráfico local.

Ora bolas! Não se arregimenta de uma hora para outra 700 homens adestrados para uma incursão arriscada dessa natureza. Em que pese os recentes concursos de admissão promovidos pela PM, não se forja um novo policial de uma hora para outra. O tempo de formação dos recrutas supera a seis meses.

O que fazer então? Simples como descascar uma banana. Do alto de sua autoridade e de posse de sua caneta, basta a Beltrame publicar uma resolução ou seja lá o termo que for, determinando o regresso aos quadros da corporação do verdadeiro "exército" de policiais que se encontram em desvio de função. Gente boa, "cascuda" não lhe faltará, garanto. Basta uma simples apuração do número de policiais - oficiais e praças - que se encontram à disposição dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.

Verá o secretário que o contingente de policiais que terá de uma hora para outra à sua disposição superará em muito aos 700 que ele estimou necessitar para acabar com o baile das armas de guerra.

12 março 2009

Pesquisadores descobrem "vampira" em Veneza

REUTERS

ROMA - Pesquisadores italianos acreditam ter encontrado os restos mortais de uma "vampira" em Veneza. Ela estava enterrada com um tijolo na boca para impedi-la de se alimentar das vítimas de uma peste que assolou a cidade no século XVI. O antropólogo Matteo Borrini, da Universidade de Florença, disse que a descoberta confirma a crença medieval de que vampiros estariam por trás das epidemias de pestes tais como a Peste Negra. Em entrevista concedida à Reuters por telefone, Borrini declarou: "Esta é a primeira vez que a arqueologia consegue reconstruir o ritual de exorcismo de um vampiro. Isso ajuda a entender como o mito dos vampiros surgiu."

O esqueleto foi encontrado em uma vala comum onde foram enterradas as vítimas da peste veneziana de 1576, na qual morreu o artista Ticiano, em Lazzareto Nuovo, a três quilômetros a nordeste de Veneza. O lugar era usado como sanatório para as vítimas da peste. Segundo Borrini, a sucessão de pestes que assolou a Europa entre 1300 e 1700 alimentou a crença nos vampiros, principalmente porque nesta época a decomposição de cadáveres ainda não era bem compreendida.

Ele contou que os coveiros que abriam as valas comuns por vezes se deparavam com corpos inchados por gases, com cabelo ainda em crescimento e sangue saindo de suas bocas, e acreditavam que os mesmos continuavam vivos. As mortalhas usadas para cobrir os rostos dos mortos eram frequentemente deterioradas por bactérias da boca, deixando à mostra os dentes do cadáver, o que rendeu aos vampiros a fama de "comedores de mortalha". De acordo com textos médicos e religiosos da Idade Média, acreditava-se que os "mortos-vivos" espalhavam pestes para sugar o resto de vida dos cadáveres, e assim adquirir a força necessária para voltar às ruas.

"Para matar o vampiro você deveria remover a mortalha de sua boca, pois esse era seu alimento, e substituí-la por algo que não pudesse ser comido", disse Borrini. "É possível que outros cadáveres tenham sido encontrados com tijolos na boca, mas esta é a primeira vez em que este ritual foi reconhecido."

Samba, socos e pontapés


Um novo caso envolvendo uma suposta agressão sofrida por um brasileiro residente no exterior desperta a curiosidade da imprensa tupiniquim: o capixaba Marcio Toso, 30 anos, garante ter sido vítima de agressão promovida domingo passado (dia 8) por um grupo em Bristol, na Inglaterra. Segundo ele, a onda de intolerância contra estrangeiros no bairro onde mora é critica "há muito tempo". Ele recordou que estava com um amigo, também brasileiro, quando foi abordado por quatro moças, curiosas em saber o idioma que estavam falando. Logo depois, os dois foram surpreendidos pelo bando, que passou a agredí-los. "A situação aqui está crítica há muito tempo", disse ele, lembrando que jamais sofrera qualquer tipo de agressão antes na Grã-Bretanha, mas que sempre evitou falar ao celular em locais públicos, para que sua nacionalidade não fosse descoberta.

Enquanto isso, no Rio, o príncipe Charles e sua esposa, Camila Parker, foram recebidos hoje ( dia 12) durante visita à favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, com muito entusiasmo pelos moradores. Contrariando a chamada pontualidade britânica, o filho da Rainha Elizabeth chegou ao local com uma hora de atraso - o evento estava marcado para às 14h. Ele foi recebido por ritimistas de uma escola de samba da comunidade e assistiu a uma apresentação feita por três mulatas. O príncipe chegou a tentar sambar e a tocar um chocalho.

Quanto ao incidente envolvendo os dois brasileiros na Inglaterra: além da perda de um notebook, eles saíram bastante machucados. Shane Braga, 28 anos, amigo de Marcio Toso, teve um dente quebrado, além de vários ferimentos no rosto. Toso quebrou o nariz e sofreu um corte profundo na testa.

A visita do príncipe por aqui acabou em samba. Resta saber como será o desfecho do caso de violência gratuita envolvendo os dois brasileiros.

11 março 2009

Santa Teresa agoniza

Sábado passado estive, depois de muitos anos, em visita ao bairro de Santa Teresa, participando de uma comemoração pelo aniversário de um amigo. A casa fica na Ladeira de Santa Teresa, próxima aos Arcos da Lapa, e chama a atenção, não só pelo conforto de suas dependências, mas pelo forte aparato de segurança investido pelo seu proprietário. Curioso, indaguei do dono se a preocupação com a segurança do imóvel era justificada, no que ele respondeu que, apesar do dinheiro gasto com trancas, cadeados, grades, cercas eletrificadas, mesmo assim o imóvel fora invadido há duas semanas por ladrões, que entraram por um buraco.

Leio na internet que um grupo de seis homens invadiu uma casa no bairro esta madrugada e violentou duas mulheres, além de roubar os objetos pessoais das pessoas presentes. Santa Teresa está pedindo socorro. Bairro bucólico, com suas ladeiras de paralelepípedos, que reúne casarios erguidos no século XVIII, o bairro que antes abrigava artistas, artesãos, intelectuais e empresários, vive hoje um processo de degeneração motivado pela violência crescente.

Uma pena, pois Santa Teresa, por conta da desvalorização crescente de seus imóveis impulsionada pela violência, ainda é o destino de milhares de jovens, a maioria turistas europeus, que para lá se dirigem em busca de hospedagem na cidade a preços mais acessíveis.

A hora é essa

A condenação a dez anos e meio de prisão de dez pessoas acusadas de pertencer ao grupo miliciano auto denominado "Liga da Justiça", que nasceu e se fortificou na Zona Oeste sob o patrocínio de de um ex-deputado e de um ex-vereador, é emblemática, conforme bem definiu o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antônio José Campos Moreira. A sanção coincide com o anúncio feito pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de que o governo federal dará total apoio ao governo do estado no combate a esses grupos paramilitares. Prometeu ainda o ministro encampar algumas das sugestões formuladas pela CPI das Milícias, instalada em 2007 pela Assembleia Legislativa e que se revelou decisiva para a desmitificação desses grupos.

A condenação imposta aos acusados pelo crime de formação de quadrilha armada é severa e, ao mesmo tempo, evidencia que o Estado repudia o avanço desses grupos armados, que costumam se impor através da violência e das armas.

Não há mais como retroceder. Ou a sociedade avança contra esses grupelhos ou se deixa engolir pela ganância e pela falta de escrúpulos de seus integrantes.

09 março 2009

Contrastes


A cidade do Rio, que completou recentemente 444 anos de sua fundação, é historicamente uma cidade onde os contrastes estão visíveis a cada esquina. Seja a favela que sangra o morro próximo às mansões e coberturas de São Conrado, ou na Lapa, onde pode-se ver o aqueduto erguido no século XVIII para levar água à cidade dividindo o espaço com os arranha-céus erguidos pertos dali, no Centro (na foto observa-se o prédio que abriga a sede do BNDES; a antiga sede do Banco do Brasil; a opulenta Petrobras e ainda a imponente Catedral Metropolitana.

Sensor ajuda a proteger idosos

Por JOHN LELAND, do New York Times

Muitos idosos que moram sós não estão realmente sozinhos. São assistidos por uma enxurrada de novas tecnologias projetadas para permitir que vivam independentemente e evitem as custosas idas a prontos-socorros e casas de repouso.
Bertha Branch, 78, descobriu o poder de um sistema chamado eNeighbor quando, certa noite, sofreu uma queda em seu apartamento, em Filadélfia. Estava sem seu pingente que aciona um alarme e não conseguia telefonar.
Um sensor sem fio sob a cama de Branch notou que ela havia se levantado. Detectores de movimento no quarto e no banheiro registraram que ela não havia deixado o local segundo seu padrão habitual e passaram a informação para uma central, motivando um telefonema na tentativa de perguntar se estava tudo bem.
Como ela não atendeu, mais ligações foram disparadas -para um vizinho, para o síndico do prédio e, finalmente, para o serviço de emergência, que despachou bombeiros para arrombar a porta.
Tecnologias como o eNeighbor chegam com a promessa de melhorar e baratear os cuidados com idosos, com apoio de grandes empresas como Intel e General Electric. Mas os equipamentos, que podem ser caros, permanecem em grande medida sem comprovação. E, como todas as tecnologias, esses equipamentos -que incluem sensores de movimento, detectores de consumo de comprimidos e instrumentos sem fio que transmitem dados sobre pressão arterial, peso, níveis de oxigênio e glicose- podem ter consequências indesejadas, substituindo o contato pessoal com médicos, enfermeiras e parentes por medições eletrônicas.
Branch, que sofre do coração e de diabetes, disse que não poderia viver sozinha sem o sistema, fabricado pela empresa Healthsense, de Minnesota. "Perdi uma amiga muito próxima recentemente", contou. "Ela também era diabética e caiu durante a noite. Não tinha os sensores. Entrou em coma." Branch disse que, sem os sensores, "provavelmente estaria morta".
O custo do sistema, fornecido graças a um programa com financiamento público, é de cerca de US$ 100 por mês, muito menos do que uma casa de repouso, onde o custo para os contribuintes pode superar os US$ 200 por dia. Nos dois anos desde que usa o sistema, Branch sofreu três quedas e ficou presa uma vez na banheira, sempre incapaz de pedir ajuda de outra forma.
"Individualmente, demonstramos que eles podem ser muito eficazes", disse Brent Ridge, professor-assistente de geriatria na Escola de Medicina Mount Sinai, em Nova York. "Mas até que sejam lançados em larga escala, simplesmente não se sabe."
Num programa com participação da Intel, Jeffrey Kaye, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, está vasculhando dados sobre movimentos em busca de padrões que indiquem a instalação da demência senil, anos antes que o declínio seja registrado em exames cognitivos.
Mas, até que haja mais pesquisa, o impacto das tecnologias continuará desconhecido. "Não é que precisemos de novas tecnologias", disse Kaye. "Precisamos usar o que temos de mais criativo. Tudo isso é muito legal -mas será útil?"

EUA abastecem cartéis do México com armas

Por JAMES C. McKINLEY Jr., do New York Times

PHOENIX, Arizona - Os agentes mexicanos que, em maio passado, invadiram uma casa usada como esconderijo por traficantes de drogas, não estavam preparados para o poder de fogo com que foram enfrentados. O tiroteio terminou com oito policiais mortos. Entre as armas recuperadas pela polícia estava um fuzil cuja origem foi rastreada até o outro lado da fronteira americana, numa loja de armas em Phoenix chamada X-Caliber Guns.
O proprietário da loja, George Iknadosian, está sendo acusado de ter vendido centenas de armas a contrabandistas, cientes de que eles as enviariam a um cartel de drogas no Estado mexicano de Sinaloa. As armas ajudaram a alimentar a guerra de quadrilhas que matou mais de 6.000 mexicanos no ano passado.
As autoridades mexicanas se queixam há muito tempo de que vendedores de armas americanos estão armando os cartéis. O processo contra Iknadosian é o caso mais destacado envolvendo um vendedor americano de armas desde que, dois anos atrás, os EUA prometeram ao México que reprimiriam o contrabando de armas pela fronteira. O processo também oferece um vislumbre raro de como armas entregues a vendedores americanos estão sendo levadas ao México e empregadas em crimes.
"Havia uma via de fornecimento direto de Iknadosian ao cartel de Sinaloa", disse Thomas Mangan, porta-voz do Birô federal de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos.
As quadrilhas de traficantes procuram armas nos EUA porque as leis de controle de armas são muito mais rígidas no México. Para poder comprar armas, civis mexicanos necessitam aprovação das Forças Armadas. Eles não são autorizados a portar fuzis de alto calibre ou pistolas potentes, vistos como armas militares.
As leis dos EUA autorizam a venda de vários fuzis de estilo militar a cidadãos americanos sem a necessidade de informar o governo das vendas, e o México revista relativamente poucos carros e caminhões que atravessam a fronteira.
Ademais, o grande número de vendedores licenciados de armas -há mais de 6.600 apenas ao longo da fronteira, muitos operando desde suas casas- dificulta o policiamento desses estabelecimentos. Há hoje cerca de 200 agentes trabalhando nessa tarefa.
Segundo a polícia mexicana, os contrabandistas recrutam americanos sem ficha na polícia para comprar dois ou três fuzis de cada vez e então transportá-los para o México em carros e caminhões.
"Podemos tomar medidas contra os grandes contrabandistas, mas o tráfico de armas se caracteriza por ser um desfile de formigas: não é um grande traficante em ação, mas muitos menores", disse o secretário de Justiça do Arizona, Terry Goddard.
O governo mexicano começou a reprimir os cartéis de drogas em 2006, desencadeando uma guerra que diariamente deixa dezenas de mortos nas ruas do México. O presidente Felipe Calderón descreve o fluxo de armas contrabandeadas como uma das maiores ameaças à segurança de seu país.
As autoridades mexicanas dizem que, em 2008, apreenderam 20 mil armas das quadrilhas do narcotráfico, a maioria comprada nos EUA. A agência de armas de fogo estima que 90% das armas recuperadas no México vêm de vendedores ao norte da fronteira.
A operação de Iknadosian era tão descarada que os contrabandistas lhe pagavam antecipadamente pelas armas, e os compradores por procuração apenas preenchiam a papelada necessária e levavam o armamento, segundo investigadores. A agência disse que Iknadosian vendeu várias armas a agentes disfarçados que lhe tinham dito explicitamente que pretendiam revendê-las no México.
Iknadosian, 47, está sendo julgado por fraude, conspiração e por ajudar uma organização criminosa, entre outras acusações. Seu advogado, Thomas Baker, se negou a comentar as acusações, mas disse que Iknadosian afirma sua inocência.
Nascido no Egito e tendo passado boa parte de sua vida na Califórnia, Iknadosian transferiu seu comércio para o Arizona em 2004 porque as leis relativas às armas são menos rígidas nesse Estado.
Ao longo de dois anos antes de sua prisão, em maio, ele vendeu mais de 700 armas do tipo procurado pelos traficantes de drogas no México, segundo a agência de armas de fogo. Baseados em registros de sua loja e declarações de réus, os investigadores estimam que pelo menos 600 dessas armas foram contrabandeadas para o México.
As autoridades mexicanas apreenderam sete rifles de modelo Kalashnikov de pistoleiros do cartel Beltrán Leyva, que enfrentaram a polícia em tiroteios. Consta que foi também da loja de Iknadosian que saiu a pistola Colt calibre 38 encontrada em posse do suposto chefe do tráfico Alfredo Beltrán Leyva quando ele foi preso, um ano atrás.
Em uma transação, Iknadosian deu conselhos sobre como contrabandear armas a uma pessoa que revelou ser um informante e que gravou a conversa. Ele disse ao informante que deveria dividir as armas em lotes pequenos e nunca levar mais de duas em um carro.
"Se a polícia parar você, duas armas não serão um problema", ele diz, segundo transcrição da gravação. "Quatro armas suscitam perguntas. Quinze farão a polícia perguntar 'o que você está fazendo?'."

O verão do Rio



As altas temperaturas registradas no Rio têm feito com que muita gente faça das praias o seu habitat natural. É só passar pela orla do Rio, seja dia de semana ou nos finais de semana, para comprovar.

Quem pode e gosta vai à praia, que não curte ou não pode, tenta amenizar os efeitos do calor sob uma sombra ou sob os efeitos dos portentosos sistemas de ar refrigerado dos shoppings, agências bancárias ou escritórios.

Em tempo: a foto acima é da musa da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Dani Sperle, e foi feita pelo fotógrafo Denilson Santos, da Ag. News.

05 março 2009

O Brasil que não queremos

Juíza investigada pela Polícia Federal por corrupção em Belo Horizonte é promovida a desembargadora por unanimidade.

Arcebispo de Olinda, em Pernambuco, excomunga médicos e parentes da menina de 9 anos que fez aborto após ter sido estuprada pelo padrasto.

Vigilantes que trabalham nas UPAs faziam a triagem de pacientes na porta das unidades.

Tráfico captura, condena e pune ladrões que jogaram casal no penhasco na Av. Niemeyer.

O ex-presidente e senador Fernando Collor é eleito para ocupar o cargo de presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado.

O governador Sérgio Cabral não mede esforços para manter o Aeroporto Santos Dumont operando abaixo da sua capacidade, apesar das recentes obras de expansão realizadas pela Infraero.

04 março 2009

Ronaldo não conheceu Cazuza

Ronaldo estreou pelo Corínthians, o Flamengo de Cuca espantou a crise impondo uma sonora goleada sobre o desconhecido Ivinhema, Fred finalmente desembarcou nas Laranjeiras, mas o assunto em destaque, sem dúvida alguma, é a volta do Fenômeno aos gramados.

Decepcionante. Após esquadrinhar os dicionários, não consegui pinçar um adjetivo que mais se adequasse para definir aquilo que foi o retorno aos gramados de um dos maiores jogadores de futebol do planeta que vi atuar. Em que pese os rios de suor gastos em troca dos exaustivos treinamentos físicos em busca da forma ideal, apesar da interminável expectativa criada em torno da sua estreia pelo Corínthians, a verdade é única e implacável: o craque multimilionário saído de Bento Ribeiro, no subúrbio do Rio, e que nos deu um dos cinco títulos mundiais, está gordo, pesado, lento, enfim, léguas de distância daquilo que um dia representou.

Se vai readquirir sua forma, é uma incógnita que só o tempo se encarregará de responder. Tudo aqulio que um atleta poderia almejar, Ronaldo conquistou com seus gols e arrancadas verticais em direção ao gol dos adversários.

Ronaldo não precisava passar por tudo isso.

Cazuza estava certo quando escreveu que "o tempo não para".

Muito mais que um estalo

A interdição, pela Defesa Civil, de um prédio de cinco andares, na localidade conhecida como Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, descortina mutio mais que uma ameaça: a falta de fiscalização por parte da prefeitura de novas construções na área, conhecida pela forte especulação imobiliária.

Para erguer um empreendimento imobiliário na Barra ou no Recreio não bastam somente cimento, tijolos e argamassa. Exige-se muito mais do que isso: o construtor tem que ter livre trânsito tanto na sede do Executivo municipal, como no Palácio Pedro Ernesto, onde está instalada a Câmara de Vereadores, na Cinelândia.

Afinal, a intervenção providencial de uns poucos vereadores com trânsito no "Piranhão" é de fundamental importância para que o projeto saia da gaveta, quando muito, seja levado adiante mesmo com a inexistência da documentação exigida pela prefeitura.

01 março 2009

Prefeito Eduardo agogô Paes

O prefeito Eduado agogô Paes desfilou, na madrugada deste domingo, no Sambódromo, como integrante da bateria da Portela, sua escola do coração. Horas depois, no Centro, longe do glamour da Marquês da Sapucaí, a desordem botou, mais uma vez, o seu bloco na rua, durante o desfile do Monobloco pela Avenida Rio Branco. Escassez de banheiros químicos, falta de policiamento, flanelinhas aos montes, guardas municipais em número reduzido. Problemas não faltaram.

Esgotado pela folia da véspera, o prefeito deu um bolo e não comparceu à missa celebrada aos pés do Cristo Redentor, pelos 444 anos de fundação da Cidade do Rio de Janeiro.O padre Omar Raposo, que rezou a missa no Cristo Redentor, contou que chegou a ligar para o prefeito às 6 horas, mas só conseguiu falar com um assessor dele.

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